Segundo as manifestantes, elas sofriam preconceito pelo penteados usados
Do O Globo
Alunas acusam uma escola na África do Sul de proibir o uso de black power e outros penteados afro dentro da instituição. Organizado por estudantes com idades entre 13 e 18 anos, um protesto foi realizado depois que uma estudante foi suspensa da unidade, na última semana. Segundo as manifestantes, o motivo da punição teria sido o cabelo com trancinhas.
A aluna Malaika Maoh Eyoh, de 17 anos, explicou ao “The Guardian” que se lembra da primeira vez que ouviu um professor falar sobre seu cabelo: “Está distraindo os outros estudantes”, contou ela.
Usuários do Twitter, no entanto, dizem que a questão vai muito além dos cabelos. Para eles, passados 22 anos do Apartheid — regime de segregação racial que vigorou até 1994 no país — milhares de sul-africanos ainda precisam conviver com o preconceito.
A repercussão da hastag #StopRacismAtPretoriaGirlsHigh é tão grande que várias autoridades do país se manifestaram em apoio à causa das meninas. Uma petição pedindo a revisão do código de conduta da escola já conseguiu mais de 25 mil assinaturas.
O tradicional colégio Pretoria High School For Girls não se pronunciou sobre as acusações. De acordo com a imprensa internacional, o código da escola de conduta tem uma lista de regras sobre o cabelo e uniforme, mas não menciona especificamente o penteado afro.
Wow I’m in tears at this #stopracismatpretoriagirlshigh
— Vintage Honey (@thesoulasylum) August 29, 2016