Quatro em cada dez jovens entre 18 e 29 anos concordam, total ou parcialmente, com a ideia de que mulheres que se vestem de forma insinuante não podem reclamar se sofrerem violência sexual. E um entre dez é indiferente a esse tipo de violência.
É o que mostra a pesquisa Juventude, Comportamento e DST/Aids, encomendada pela Caixa Seguros, aprovada pela Universidade de Brasília e feita com o acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde.
Os resultados mostram alto grau de desinformação e preconceito contra homossexuais.
Para a socióloga Jolúzia Batista, essa geração de jovens sofreu um avanço conservador nos últimos anos.
Na sua opinião, uma educação não sexista nas escolas é fundamental para mudar esse cenário. “Nós vemos que hoje a violência surge como uma forma de colocar a mulher nos trilhos, de corrigi-la. É preciso investir em educação para mudar isso.”
Para a pesquisa foram entrevistados 1.208 jovens entre 18 e 29 anos em 15 estados e no Distrito Federal.
De cada dez entrevistados, seis acessam a internet com frequência e cinco navegam pelo menos duas horas por dia. A maioria perdeu a virgindade entre os 14 e os 18 anos.
Fonte: O Essencial