Questão da mulher indígena abre debates do Fórum Social dos Jogos Indígenas

Uma benção dada por Creuza Humutina, primeira cacique mulher da aldeia Humutina, no município de Barra do Bugre, no Mato Grosso, foi o que deu início aos trabalhos do Fórum Social dos 11º Jogos Indígenas. O início do evento aconteceu na manhã de domingo, 6, na Ilha Real, em Porto Nacional. Participaram da mesa do Fórum, diversas autoridades, entre elas a ministra da Secretaria de Igualdade Social da Presidência da República (Seppir), Luiza Bairros e o secretário Estadual de Esporte do Tocantins, Olyntho Neto.

O centro das discussões foram questões relacionadas a territórios e aos direitos da mulher indígena. “Queremos que as mulheres dos povos indígenas alcancem o mesmo patamar de liderança e influência que as mulheres negras têm hoje dentro de suas comunidades”, disse Mirian Terena, presidente da União das Mulheres Indígenas. A presidente acrescentou ainda que já existe um pacto entre mulheres indígenas e negras para que este desejo se torne realidade.

A mesa foi coordenada por Samira Xavante, presidente do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC) e composta por Luiza Bairros, ministra da Secretaria de Igualdade Social da Presidência da República (Seppir); Rejane Penna Rodrigues, coordenadora geral dos Jogos Indígenas pelo Ministério do Esporte; Mirian Terena, presidente da União das Mulheres Indígenas; Olyntho Neto, secretário Estadual de Esporte do Tocantins e Jefferson Lopes, secretário de Cultura e Turismo de Porto Nacional.

“Os Jogos são para a Seppir uma oportunidade de grande aprendizado para que possamos definir qual será nosso papel dentro da agenda indígena”, declarou a ministra Luiza Bairros durante sua participação, em que avaliou que tanto os índios quanto os negros sofrem preconceito, principalmente quando estão no meio urbano.

A programação teve sequência nesta segunda-feira com debates sobre identidade, cultura e educação indígena; economia verdes e apresentações culturais.

O Fórum Social dos 11º Jogos dos Povos Indígenas se encerra nesta terça-feira, 8, às 12h20, com a palavra dos Caciques do Tocantins e apresentações interculturais.

Fonte:O Girassol

+ sobre o tema

Thânisia Cruz e a militância que profissionaliza

“O movimento de mulheres negras me ensina muito sobre...

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no...

Cidinha da Silva: ‘Autores brancos são superestimados na cena literária’

Quando Cidinha da Silva empunha a palavra, o mundo se desnuda...

para lembrar

Thânisia Cruz e a militância que profissionaliza

“O movimento de mulheres negras me ensina muito sobre...

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no...

Cidinha da Silva: ‘Autores brancos são superestimados na cena literária’

Quando Cidinha da Silva empunha a palavra, o mundo se desnuda...
spot_imgspot_img

Thânisia Cruz e a militância que profissionaliza

“O movimento de mulheres negras me ensina muito sobre o ativismo como uma forma de trabalho, no sentido de me profissionalizar para ser uma...

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no Brasil mostram avanços expressivos na prática hospitalar. A realização de episiotomia, o corte do canal vaginal com...

Cidinha da Silva: ‘Autores brancos são superestimados na cena literária’

Quando Cidinha da Silva empunha a palavra, o mundo se desnuda de máscaras e armaduras: toda hierarquia prontamente se dissolve sob sua inexorável escrita. Ao revelar...