Fez bem o ex-jogador César Sampaio, hoje um competente empresário e administrador de clubes: ao ouvir ofensas racistas de dois torcedores, acomodados nas sociais do estádio do Rio Claro, dirigidas a ele e a seu amigo, o ex-zagueiro Cléber, entregou o caso a seus advogados com ordem de entrarem com ação na Justiça.
É assim que deve ser.
Errado é adotar atitude conformista, não levar a sério e aceitar aquele argumento ridículo de que certos gritos racistas nos estádios fazem parte do folclore do futebol, seja lá o que isso for.
Quem age assim faz quase um convite para que a ofensa se repita em seguida e nunca mais pare.
Ao decidir encarar os preconceituosos e encaminhar o caso aos tribunais, César Sampaio deu o exemplo. Mandou um recado claro para outros de que racismo não será tolerado e deve ser combatido – além de se tratar de uma idiotice abominável, que não pode ser encarada como brincadeira.
Não dá para contemporizar e levar na brincadeira casos assim.
Nunca são ofensas inocentes.