Remédio para doenças cardíacas pode ser a cura para o racismo

Droga comum para tratamento de dores no peito também diminui atitudes racistas “implícitas”, segundo pesquisa

Testes realizados por cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, revelam que um medicamento usado no tratamento para doenças cardíacas pode ter uma segunda finalidade: a cura para o racismo!

No teste, dois grupos de 18 pessoas foram formados. Um deles tomou o Propranolol, o remédio para doenças cardíacas, e o outro, placebos. Após tomarem os medicamentos, cada participante fez um teste em que palavras negativas e positivas e imagens de pessoas brancas e negras apareciam na tela de um computador, segundo o jornal inglês The Telegraph. Baseado no tempo em que cada um demorava para realizar a tarefa, os pesquisadores chegaram às respostas.

Os que tomaram o Propranolol tiveram menores taxas de racismo “implícito” do que aqueles que só ingeriram o placebo. Isso pois, além de combater as doenças cardíacas, o remédio também afeta a parte do cérebro envolvida com emoções e medo. O racismo é fundamentalmente baseado no medo, segundo os pesquisadores.

Mais de 30% dos voluntários tiveram o resultado do teste negativo, ou seja, eles não tinham tendências racistas subconscientes, características que não foram encontradas em nenhum dos que tomaram o placebo.

Julian Savulescu, professor da Universidade e co-autor do estudo, diz que a “pesquisa levanta a possibilidade de que as nossas atitudes inconscientes e raciais podem ser moduladas pelo uso de drogas, possibilidade que requer uma análise cuidadosa e ética”.

Ele também explica que “pesquisas biológicas que visavam melhorar a moral das pessoas tem um passado escuro”. Julian diz que o Propranolol não é uma pílula contra o racismo, mas, “dado o número de pessoas que usaram a droga e tiverem efeitos ‘morais’, precisamos no mínimo entender melhor o que acontece”.

Fonte: Olhar Digital

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