Rio de Janeiro – O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, destacou a criação de museus como fortalecimento cultural. “Estou trabalhando nisso [programa para a cultura] e tem gente do meio cultural ajudando para ter um programa concreto do ponto de vista da cultura”, ressaltou ao participar na noite de ontem (14) de um encontro com intelectuais e artistas, em um restaurante em Copacabana.
Serra chegou por volta das 23h, acompanhado pelo candidato a vice Índio da Costa (DEM) e o candidato ao governo do Rio, Fernando Gabeira (PV). Ele cumprimentou cada um dos presentes e depois falou durante 20 minutos sobre política cultural, citando iniciativas desenvolvidas durante seu governo em São Paulo.
Além disso, Serra criticou o uso da máquina do governo, ao afirmar que estaria havendo um loteamento de cargos políticos. “Isso é geral no Estado brasileiro. Tudo loteado, tudo dividido, tudo no fundo privatizado. Porque privatizar não é só vender uma empresa. Privatizar é também um órgão estatal ser apropriado por interesses privados, partidários, sindicais.”
Entre os participantes do encontro, estavam o poeta Ferreira Gullar, os atores Carlos Vereza, Maitê Proença e Rosamaria Murtinho, a cantora Sandra de Sá, o humorista Marcelo Madureira, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, o músico Fausto Fawcett, e o desenhista Daniel Azulay.
Para Gullar, a principal preocupação deve ser garantir que a cultura efetivamente chegue ao cidadão. “O governo tem que criar condições para o povo fazer cultura, os intelectuais, os artistas, os músicos. Tem que dar dinheiro, meios e recursos públicos. Quem faz cultura é o povo”, disse Gullar.
Maitê pediu atenção para o teatro, que segundo ela custa caro para o espectador e não dá dinheiro para quem promove o espetáculo. “A cultura não foi uma prioridade nesses últimos oito anos. É impossível fazer teatro sem leis de incentivo.”
Fonte: Agência Brasil