Sesc São Paulo apresenta Mostra de Cinemas Africanos de 5 a 13 de setembro

Evento será realizado de 6 a 13 de setembro de 2023 no Cinesesc com exibição de 13 longas e 16 curtas de 12 países, além de atividades paralelas que acontecem no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc nos dias 5 e 6 de setembro.

FONTEPor Karina Almeida , enviado ao Portal Geledés
MAMI WATA (Nigéria 2023), dir. C.J. ‘Fiery’ Obasi, filme de abertura (Foto: Fiery Film Company)

A Mostra de Cinemas Africanos chega a mais uma edição em São Paulo (SP), de 5 a 13 de setembro, no Cinesesc e no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Neste ano, o festival reúne 13 longas e 16 curtas de 12 países, com destaque para o cinema do Senegal e vários títulos inéditos no Brasil, além da presença de convidados do continente africano em debates, masterclasses e painéis. 

O Cinesesc sedia as exibições de filmes, enquanto no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc acontecem três mesas e uma masterclass com a participação de cineastas africanos. Os ingressos para assistir aos filmes custam R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (meia) ou R$ 8,00 (credencial plena), enquanto as atividades paralelas têm entrada franca. Informações no site mostradecinemasafricanos.com.

Entre as atrações deste ano está o drama fantástico “MAMI WATA” (2023), de C.J. Obasi, inédito no Brasil. O longa nigeriano em preto e branco ganhou o prêmio de melhor direção de fotografia, assinada pela brasileira Lílis Soares, no Festival de Sundance (EUA). A trama é baseada em um mito do oeste africano. Quando um acontecimento trágico perturba a paz de uma comunidade, duas irmãs lutam para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata, deusa das águas. Diretor e fotógrafa estarão em São Paulo para a Mostra.

Outro ponto alto desta edição é o encontro de duas gerações de grandes realizadores do Senegal: o jovem Alassane Diago e o veterano Moussa Sène Absa, que vem ao festival com o apoio da Embaixada da França no Brasil. 

Serão exibidas retrospectivas do trabalho de ambos. Três filmes sobre emigração e conflitos familiares do documentarista Alassane Diago serão projetados. É dele, “As Lágrimas da Emigração” (2010), que conta a história de sua mãe que espera o marido há 20 anos. Quase dez anos depois, Diago decide ir ao Gabão para confrontar o pai, no longa “Conhecendo meu Pai” (2018). Também será apresentado seu trabalho mais recente, “O Rio não é uma Fronteira” (2022), no qual testemunhas relembram os massacres de 1989 na fronteira entre a Mauritânia e o Senegal. Todos os títulos são inéditos no Brasil. 

A Mostra vai exibir a trilogia das mulheres senegalesas de Moussa Sène Absa, que começa com o drama “Tableau Ferraille” (1997), sobre duas mulheres que se relacionam com um político em ascensão que deseja filhos. Segue com “Madame Brouette” (2002), no qual uma senegalesa luta para manter sua independência. “Xalé – As Feridas da Infância” (2022), que fala sobre relações familiares e tradição, encerra o trio. 

MAIS FILMES EM EXIBIÇÃO

Do Benin surge “O Panteão da Alegria” (2023), musical protagonizado por crianças e dirigido por Jean Odoutan. O filme discute de forma bem-humorada o sonho de viver na Europa que continua a crescer entre os jovens africanos. Único representante do Norte da África desta edição, “O Kafta Azul” (2022), da diretora Maryam Touzani, lança um olhar generoso para as mulheres do Marrocos. O filme lida com questões LGBTQIAPN+ em um país que se recusa a tocar no assunto.

No drama “Maputo Nakuzandza” (2022), da brasileira Ariadine Zampaulo, uma rádio de Moçambique anuncia o desaparecimento de uma noiva enquanto a vida ao redor parece transcorrer sem sobressaltos. A cineasta também participa de uma mesa de discussão que aborda parcerias entre Brasil e África. 

Primeiro longa de Pape Bouname Lopy, “A Ovelha de Sada” (2023), trata de um tema delicado no Senegal, o Tabaski, celebração religiosa do Islã que envolve o sacrifício de ovelhas. Em “No Cemitério do Cinema” (2023), o cineasta da Guiné Conacry, Thierno Souleymane Diallo, sai em busca de um filme perdido, que teria sido realizado no seu país em 1953, mas do qual ninguém tem registros. No drama feminista “Sira” (2023), de Apolline Traoré, uma jovem nômade se posiciona contra o terror islâmico após um ataque brutal na região do Sahel.

A curadoria de longas é assinada por Ana Camila Esteves e pelo cineasta e crítico nigeriano Dika Ofoma. “A nossa seleção deste ano nos deu a oportunidade de pensar em outros critérios que não levassem em conta somente as seleções dos grandes festivais”, observa Ana Camila. “Neste sentido, ficamos felizes de manter a nossa linha curatorial que privilegia títulos que muitas vezes não chegam no Brasil nem nos festivais do final do ano, muito menos nos circuitos comerciais”, conclui.

Três programas formam a seleção de curtas-metragens. O primeiro, em parceria com o Festival StLouis DOCS, traz documentários do evento sediado na ilha de Saint-Louis no Senegal. Já Nova Onda Cabo Verde: Viagens Possíveis, terá sessão apresentada por Tela D’Pano Terra e tem curadoria do cineasta português Pedro-José Marcelino. A última, Sessão de curtas: Durban International Film Festival (África do Sul), vem com uma seleção de filmes dirigidos por jovens sul-africanos, em parceria com o maior festival de cinema do país. A programação inclui ainda dois curtas da distribuidora senegalesa WawKumba Films que serão exibidos antes dos longas do país.

CONVIDADOS E ATIVIDADES PARALELAS

Com realização do Sesc e apoio da Embaixada da França no Brasil, a mostra traz este ano três convidados internacionais. Os cineastas africanos Alassane Diago e Moussa Sène Absa do Senegal, e C.J. ‘Fiery’ Obasi, da Nigéria. O festival também vai receber Sakhile Gumede, curador do Durban International Film Festival (África do Sul) que vem acompanhado de jovens estudantes cineastas, além das realizadoras brasileiras Ariadine Zampaulo e Lílis Soares, para participarem dos debates, masterclasses e painéis. A programação é inteiramente gratuita e conta com a parceria do Projeto Paradiso Multiplica.

As atividades paralelas serão desenvolvidas nos dois primeiros dias do evento. Na terça-feira (5), às 10h, acontece a mesa Parcerias entre Brasil e África no cinema: cenários e perspectivas com C.J. Obasi, Lílis Soares, Bartolomeu Luiz, Sakhile Gumede e Ariadine Zampaulo. Às 15h, é a vez de Mercados internacionais e colaborações Brasil/África com Bartolomeu Luiz, Vilma Carla Martins, Julia Alves e C.J. Obasi. O dia 6 (quarta), às 10h, começa com a masterclass Documentário em primeira pessoa, com Alassane Diago. A partir das 15h, acontece o debate Recepção crítica de filmes africanos no Brasil, com Ceci Alves, Lilis Soares, Moussa Sène Absa, Alassane Diago.

Nascida na Bahia em 2018, a Mostra de Cinemas Africanos tem circulado por diversos estados brasileiros. O recorte curatorial é voltado para filmes de curta e longa-metragem contemporâneos realizados por pessoas africanas na África e na diáspora. Além da programação de filmes, o evento traz cursos, encontros, debates e a publicação de catálogo com artigos científicos, ensaios e entrevistas, disponíveis no site oficial do festival. Com 13 edições, a Mostra já exibiu mais de 180 filmes e projetou títulos de cerca de 30 países africanos. O evento também é responsável pelo lançamento de seis publicações.

A Mostra de Cinemas Africanos 2023 tem realização do Sesc São Paulo, idealização de Ana Camila Comunicação & Cultura e apoio cultural da Embaixada da França no Brasil e do Projeto Paradiso Multiplica.

Rua Augusta, 2075 – São Paulo
Ingressos disponíveis em www.sescsp.org.br/cinesesc


MOSTRA DE CINEMAS AFRICANOS

De 6 a 13/9.

Imagens: _mostra de cinemas africanos

ABERTURA
MAMI WATA

Dir.: C.J. ‘Fiery’ Obasi  | Nigéria | 2023 | 107 min | Ficção | Livre
Mami Wata é uma divindade adorada pelos habitantes da remota vila de Iyi, na África ocidental. Mama Efe, sua representante, exerce autoridade espiritual na vila, até que a morte de uma criança perturba a paz da comunidade. O poder da divindade passa a ser questionado por aqueles com diferentes ideologias, e Prisca e Zinwe, filhas de Mama Efe, se unem para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata em Iyi.
QUARTA, 06/09, ÀS 20H30*
*Sessão gratuita apresentada pelo realizador C.J. ‘Fiery’ Obasi e pela diretora de fotografia Lílis Soares. A retirada de ingressos acontece a partir das 19h na bilheteria.



MADAME BROUETTE

Dir.: Moussa Sene Absa | Senegal, França | 2002 | 104 min | Ficção | 14 anos

Uma senegalesa independente e orgulhosa não quer mais saber de homens, até que conhece um policial simpático com quem vive um caso de amor intenso. Aos poucos, ela percebe que ele é corrupto e violento e, ao mesmo tempo, descobre que está grávida.

QUINTA, 07/09, ÀS 15H*

*Sessão apresentada por Moussa Sene Absa.


MAPUTO NAKUZANDA

Dir.: Ariadine Zampaulo | Brasil, Moçambique | 2021 | 60 min | Ficção | Livre

Amanhece na capital de Moçambique. Jovens saem de uma festa e, nos quintais, senhoras iniciam o dia. Um homem corre, uma mulher chega de viagem, um turista passeia, um trabalhador apanha o transporte público e a rádio Maputo Nakuzandza anuncia o desaparecimento de uma noiva.

QUINTA, 07/09, ÀS 17H30*

*Sessão seguida de bate-papo.

O RIO É UMA FRONTEIRA

Dir.: Alassane Diago | França, Senegal, Alemanha | 2022 | 105 min | Documentário | Livre

Quarenta protagonistas, testemunhas e vítimas, relembram os massacres de 1989 nos dois lados do Rio Senegal, a fronteira entre a Mauritânia e o Senegal, para entender o que de fato aconteceu, e tentar avançar juntos em um processo de reconciliação.

QUINTA, 07/09, ÀS 20H*
QUARTA, 13/09, ÀS 15H

*Sessão seguida de bate-papo.

PROGRAMA DE CURTAS NOVA ONDA CABO VERDE: VIAGENS POSSÍVEIS
VIAGEM À CABO VERDE

Dir.: José Miguel Ribeiro | Portugal | 2010 | 17 min | Ficção, Animação | Livre

História de uma viagem de 60 dias a andar em Cabo Verde. Sem telemóvel ou relógio, sem programar antecipadamente e com o essencial às costas, o viajante descobre as montanhas, povoações, o mar, uma tartaruga, a música, as cabras, a bruma seca, os cabo-verdianos e acima de tudo uma parte essencial de si mesmo.

SUMARA MARÉ

Dir.: Samira Vera-Cruz | Cabo Verde, África do Sul | 2022 | 8 min | Experimental | Livre

Em Cabo Verde, onde pouco chove, a pouca chuva castiga seu povo e força atividades de sobrevivência como a apanha ilegal de areia para construção em praias e ribeiras, habitualmente lideradas por mulheres. Filmado na ilha de Santiago, com as cicatrizes do fenômeno à vista, Sumara Maré é um curta documental experimental performativo narrando a destruição ambiental através das performances de Betty e Ondiana, mãe e filha, sob as vozes de três mulheres da apanha da areia: Chepa, Tina e Patrícia. 

TRIÂNGULO DOURADO

Dr.: Miguel Clara Vasconcelos | Portugal, França | 2014 | 18 min | Ficção | Livre

Às portas de Paris, onde o rio Sena encontra o Marne, Sheylla revela memórias, encontros e sentimentos das viagens que a levaram até ali. Ela se prepara para partir de novo, mas que direção tomar quando se pode partir em todas as direções?

FRUTO DO VOSSO VENTRE

Dir.: Fábio Silva | Portugal | 2021 | 20 min | Documentário | Livre

Um filho descobre as antigas cassetes 8mm do seu pai. E, pela primeira vez, vê filmagens anteriores ao seu nascimento, da sua infância e adolescência. Ao vê-las, volta à casa onde cresceu, e começa uma investigação sobre os seus pais cabo-verdianos para tentar compreender o trauma que viveu durante toda a sua vida.

MISTIDA

Dir.: Falcão Nhaga | Portugal | 2022 | 30 min | Ficção | Livre

Uma mãe imigrante, aflita das costas, liga ao filho para que ele a ajude a carregar os sacos de compras para casa. Durante o percurso, os dois conversam sobre o futuro através do passado, numa revinda às suas amarguras e alegrias.

MANSO MANSINHO

Dir.: Sueli Duarte | Cabo Verde, Brasil | 2022 | 5 min | Livre

Um percurso poético e sutil mergulhado nas memórias da diretora com o seu avô, e nos ciclos da vida. Numa infância preenchida por contação de estórias profundamente imaginativas e cheia de ensinamentos, o Mansu Mansu procura reativar essa presença e essa continuidade.

SEXTA, 08/09, ÀS 15H*
*Sessão seguida de bate-papo.


PROGRAMA DE CURTAS DURBAN INTERNATIONAL FILM FESTIVAL

ABLUTION BLOCKS

Dir.: Maqhawe Xaba e Salena Reddy | África do Sul | 2023 | 13 min | Documentário | Livre

Em meio aos contínuos problemas de saúde e saneamento enfrentados em todo o mundo, este documentário se concentra em explorar o impacto que a implementação do projeto de blocos sanitários comunitários tem nas comunidades rurais. O documentário oferece uma visão da solução fornecida pelo governo para resolver a falta de acesso à higiene básica e ao saneamento para os cidadãos que residem em assentamentos informais em Durban.  

AMANDLA

Dir.: Siphiwo Mdletshe | África do Sul | 2023 | 18 min | Ficção | 14 anos

Amandla é uma adolescente que perdeu seu pai. Ela mora com a mãe e o padrasto em uma pequena cidade chamada Ngwelezane, em Empangeni. Após o falecimento do pai biológico de Amandla, sua mãe se casou novamente. O novo marido é o provedor da família e é um pai autocrático. Desde o falecimento de seu pai biológico, Amandla tem vivido uma vida terrível de abuso emocional e físico por parte de seus pais.

IPASI

Dir.: Noluvuyo Mjoli | África do Sul | 2019 | 5 min | Experimental | Livre

A história presta homenagem aos Massacres de Langa e Sharpeville, ocorridos em 21 de março de 1960 na África do Sul do apartheid. O enredo gira em torno de uma jovem dançarina que é presa por ter uma data de validade vencida em sua caderneta. O ano é 1960 e, devido ao Controle de Influxo no país, centenas de pessoas estão sendo presas por se encontrarem em regiões nas quais não têm mais permissão para estar. Durante seu tempo na prisão, ela é atormentada pela lembrança de outros que foram presos na mesma cela que ela. Mais tarde, ela é libertada e uma terceira geração de seus descendentes visita o centro penitenciário onde ela foi presa.

CATCH MY BABY

Dir.: Luyanda Ngcobo | África do Sul | 2023 | 13 min | Documentário | Livre

O documentário Catch My Baby gira em torno do incidente ocorrido em meio aos tumultos de Durban em julho de 2021, quando as pessoas foram evacuadas de um prédio saqueado e queimado, forçando os residentes a uma situação de vida ou morte. Naledi Manyoni é mãe de um bebê que teve de ser jogado para fora de um prédio alto durante um incêndio no apartamento em que residiam. O filme inclui relatos em primeira mão das pessoas que estavam no marco zero desse dia que teve repercussão no mundo inteiro.

THE JOURNEY HOME

Dir.: Hlengiwe Khwela | África do Sul | 2023 | 17 min | Ficção | Livre

O filme companha a história de Job, um angolano que busca encontrar seu pai há muito perdido e um novo lar em uma terra estrangeira.
SEXTA, 08/09, ÀS 18H*
*Sessão seguida de bate-papo.

XALÉ: AS FERIDAS DA INFÂNCIA

Dir.: Moussa Sène Absa | Senegal, Costa do Marfim | 2022 | 101 min | Ficção | 12 anos
Awa, uma estudante de 15 anos, vive feliz sua adolescência junto ao seu irmão gêmeo, Adama, que sonha em ir para a Europa. Quando a avó deles morre, seus tios Fatou e Atoumane prometem se casar para preservar a união da família. Porém Fatou não ama Atoumane, e este, inconformado, acaba causando uma situação irreversível.
SEXTA, 08/09, ÀS 20H30*

*Sessão seguida de bate-papo.

AS LÁGRIMAS DA EMIGRAÇÃO

Dir.: Alassane Diago | Senegal, França | 2009 | 80 min | Documentário | Livre
O diretor Alassane Diago conta a história de sua mãe que espera o marido há vinte anos. É também a história da irmã, que espera pelo marido que partiu há cinco anos. E a história da sobrinha que não conhece o pai. Após uma ausência de dois anos, Alassane Diago regressa a Agnam Lidoubé, uma aldeia senegalesa na região de Fouta, para entender por que e como a sua mãe passou todos estes anos à espera.
SÁBADO, 09/09, ÀS 15H

O KAFTAN AZUL

Dir.: Maryam Touzani | França, Marrocos, Bélgica, Dinamarca | 2022 | 122 min | Ficção | 12 anos
Halim e Mina têm uma loja tradicional de kaftan em uma das mais antigas medinas do Marrocos. Para dar conta das demandas dos clientes, eles contratam Youssef. O talentoso aprendiz se mostra extremamente dedicado em aprender com Halim a arte do bordado e da alfaiataria. Aos poucos, Mina percebe como seu marido é mobilizado pela presença do jovem rapaz.
SÁBADO, 09/09, ÀS 17H

QUARTA, 13/09, ÀS 20H30

MAMI WATA

Dir.: C.J. ‘Fiery’ Obasi  | Nigéria | 2023 | 107 min | Ficção | Livre
Mami Wata é uma divindade adorada pelos habitantes da remota vila de Iyi, na África ocidental. Mama Efe, sua representante, exerce autoridade espiritual na vila, até que a morte de uma criança perturba a paz da comunidade. O poder da divindade passa a ser questionado por aqueles com diferentes ideologias, e Prisca e Zinwe, filhas de Mama Efe, se unem para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata em Iyi.
SÁBADO, 09/09, ÀS 20H*

TERÇA, 12/09, ÀS 18H

*Sessão seguida de bate-papo.

A ÚLTIMA VIAGEM

Dir.: Abdoulaye Sall | Senegal | 2023 | 14 min | Ficção | Livre
Maodo, na casa dos trinta, está de volta a casa em Nouakchott depois de uma longa viagem. Ele retoma seu antigo emprego como comerciante viajante para sustentar a família. Uma noite, o jovem pai de família volta tarde, o que preocupa profundamente sua esposa e filho, que vagam pela cidade de Nouakchott em busca de pistas.

A OVELHA DE SEDA

Dir.: Pape Bouname Lopy | Senegal, Burkina Faso | 2023 | 79 min | Ficção | Livre
Babou Diop, 40 anos, vive com seu filho Sada, sua esposa Coumba e uma ovelha que eles criam em casa.  Aos nove anos, Sada acaba criando uma amizade muito forte com o animal. Alguns dias antes do feriado de Tabaski, Babou percebe que sua ovelha, destinada ao sacrifício, desapareceu, assim como seu filho. Muito aflito, ele sai para procurá-los, e os acha, mas o reencontro tem suas consequências. Agora, Babou se vê diante de um dilema.
DOMINGO, 10/09, ÀS 17H

O PANTEÃO DA ALEGRIA

Dir.: Jean Odoutan | Benin, França | 2023 | 97 min | Ficção | Livre
Novo longa-metragem do veterano cineasta beninense Jean Odoutan, O Panteão da Alegria é um musical protagonizado por quatro crianças que sonham em contar suas histórias no Olympia de Paris para conseguir dinheiro e realizar seus sonhos. Elysée, Concorde, Placide e Aimé nos conduzem ao universo dessas histórias com muita música, improviso e toques de percussão e violão. Em um delicioso tom de comédia, o filme discute o sonho de viver na Europa que continua a crescer entre os jovens africanos.
DOMINGO, 10/09, ÀS 19H


SIRA

Dir.: Apolline Traoré | Burkina Faso, França, Senegal, Alemanha | 2023 | 120 min | Ficção | 14 anos
Após um ataque brutal, uma jovem nômade chamada Sira se recusa a aceitar seu destino sem lutar, e oferece resistência ao terrorismo islâmico. O filme é um contraponto feminista à atual situação em curso na região do Sahel.
DOMINGO, 10/09, ÀS 21H

QUARTA, 13/09, ÀS 18H

TABLEU FERRAILLE

Dir.: Mousa Sène Absa | Senegal, França | 1997 | 100 min | Ficção | 12 anos
Daam, que voltou da Europa com muitos diplomas, sobe a escada da Política, esperando melhorar a vida dos habitantes de Tableau Ferraille, sua cidade natal perto de Dakar, no Senegal. Sua primeira esposa, Gagnesiri, o sustenta todos os dias, mas esta esposa amorosa e generosa não pode lhe dar filhos. Muito influenciado por seus conhecidos, ele decide se casar pela segunda vez. Sua nova esposa lhe dará um filho, mas também muitas preocupações.
SEGUNDA, 11/09, ÀS 15H

TIMIS

Dir.: Awa Moctar Gueye | Senegal | 2023 | 15 min | Ficção | Livre
Pa kong-kong é um homem misterioso que carrega nas costas uma estranha bolsa que ninguém sabe o que tem dentro. Há rumores de que ele é um pequeno ladrão ou torturador de crianças fugitivas e travessas. Ele mora sozinho em Ñetty Mbar, um mercado sombrio e desértico nos subúrbios de Dakar, onde à noite um cachorro-monstro aterrorizante está chiando. Binta, uma garota curiosa e corajosa, decide enfrentá-lo. No meio da noite, ela está assustada, mas determinada. Determinada a questionar a decisão de seus amigos de não escolher uma garota como líder. Se ela for bem-sucedida, ela será nomeada a nova líder.

XALÉ: AS FERIDAS DA INFÂNCIA

Dir.: Moussa Sène Absa | Senegal, Costa do Marfim | 2022 | 101 min | Ficção | 12 anos
Awa, uma estudante de 15 anos, vive feliz sua adolescência junto ao seu irmão gêmeo, Adama, que sonha em ir para a Europa. Quando a avó deles morre, seus tios Fatou e Atoumane prometem se casar para preservar a união da família. Porém Fatou não ama Atoumane, e este, inconformado, acaba causando uma situação irreversível.
SEGUNDA, 11/09, ÀS 17H30

CONHECENDO MEU PAI

Dir.: Alassane Diago | Gabão, Senegal, França | 2018 | 105 min | Documentário | Livre
O pai de Alassane Diago deixou a sua aldeia no Senegal para emigrar para o Gabão, deixando para trás a mulher e os filhos na miséria. Por mais de vinte e cinco anos, sua esposa esperou em vão por seu retorno. Depois de dedicar um filme à figura da mãe, Alassane Diago decide ir ao Gabão para encontrar o pai e questioná-lo sobre o significado do seu desaparecimento.
SEGUNDA, 11/09, ÀS 20H30

PROGRAMA DE CURTAS STLOUIS’DOCS

KELASI

Dir.: Fransix Tenda Lomba | Bélgica | 2021 | 10 min | Animação | Livre

Kelasi é um passeio histórico, político e artístico pelo sistema educacional congolês, ao longo dos anos, um sistema maculado pela política, pelo Partido do Estado MPR e pela manipulação de massa. Com múltiplas técnicas de animação, o curta-metragem conta através de um tracking shot um dia de escola no Congo/Zaïre. Um trabalho memorial e cultural que deixa uma porta aberta para o futuro da educação no Congo

MKAWDA

Dir.: Souad Douibi Argélia | 2021 | 14 min | Documentário | Livre

Mkawda é um documentário baseado numa experiência sonora que se passa em Argel. A performer Souad Douibi conduz-nos pelas ruas de uma cidade/metrópole doente, que toma como objeto de consulta.

QUANDO CHEGA A NOITE

Dir.: Feguenson Hermogène | Cuba | 2022 | 13 min | Documentário | Livre

Numa viagem pelas memórias do passado, Fefe dedica uma carta à mãe que vive longe. Ele vê um espelho de sua mãe em Martha, uma costureira cubana, e reconhece o som de sua infância na máquina de costura. Quando ele era criança, sua mãe fazia roupas para amigas e vizinhas do bairro. Com o tempo, os agasalhos se tornaram mais populares e as pessoas pararam de encomendá-los. As histórias das duas costureiras, embora pertençam a contextos diferentes, possuem muitas semelhanças. Enquanto Fefe assiste ao ato de costurar, a imagem de Martha confunde-se com as suas memórias. O cenário da Fábrica testemunha um relato íntimo da relação entre um filho e sua mãe.
TERÇA, 12/09, ÀS 15H

NO CEMITÉRIO DO CINEMA

Dir.: Thierno Souleymane Diallo | França, Senegal, Guiné, Arábia Saudita | 2023 | 93 min | Documentário | Livre
Em 1953, Mamadou Touré dirigiu o filme Mouramani, considerado o primeiro filme feito por um diretor negro de língua francesa. No entanto, o mistério permanece. Ninguém sabe onde encontrar uma cópia, nem se ela existe. No Cemitério do Cinema é a busca por esse filme, também uma ode ao cinema, tanto ao que assistimos quanto ao que fazemos. Um road-movie de leste a oeste, de norte a sul, cheio de amor, humor e ternura para com seus colegas e a nova geração que está por vir, mas também uma busca, com Souleymane marchando com um cartaz exigindo o retorno de Mouramani.
TERÇA, 12/09, ÀS 20H30

CONVERSAS

A OBRA DE MOUSSA SENÈ ABSA
Na sexta-feira, dia 8 de setembro, o CineSesc realiza mais uma edição do encontro Conversas, dessa vez dentro da programação da Mostra de Cinemas Africanos. Com mediação da curadora e diretora do festival Ana Camila Esteves, recebemos o cineasta senegalês Moussa Senè Absa para uma retrospectiva da sua obra. Um dos cineastas mais respeitados do seu país, Moussa estreia seu último longa, “Xalé”, na programação da Mostra, que também exibe os outros dois filmes que completam a trilogia sobre as mulheres do Senegal. A conversa acontece no saguão do CineSesc, às 18h30, com tradução simultânea francês-português. Às 20h30 do mesmo dia, “Xalé” será exibido com a presença do diretor.

SEXTA, 08/09, ÀS 18H30*

*Grátis no saguão.

Serviço:

Mostra de Cinemas Africanos em setembro

São Paulo (SP): 5 a 13 de setembro: Cinesesc e Centro de Pesquisa e Formação do Sesc

Filmes: 9 dias, 14 sessões, 13 longas, 16 curtas e 12 países

Cineastas africanos convidados: Moussa Sène Absa (Senegal), Alassane Diago (Senegal) e C.J. “Fiery” Obasi (Nigéria);

Ingressos para os filmes: R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (meia), R$ 8,00 (credencial plena);

Atividades Paralelas: Entrada franca

Programação: mostradecinemasafricanos.com

Sobre o CineSesc

O CineSesc iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da rua Augusta, em São Paulo, e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade, exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo. Além de realizar e integrar a curadoria de mostras e festivais, o CineSesc também recebe importantes eventos do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros. O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema de São Paulo.

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