A criadora de “Anatomia de Grey” está a trabalhar em oito séries que vão ser lançadas na Netflix. Casa Branca, migração de afro-americanos e a vida de Ellen Pao estão entre os temas abordados.
Por Catarina Gonçalves Pereira, do Observador
A produtora de Shonda Rhimes fez recentemente um acordo com a Netflix e já há novidades sobre o que vai resultar desta fusão. Para já, sabe-se que vão ser lançadas oito séries, desenvolvidas por Shonda Rhimes, Betsy Beers e a sua equipa, e que vão estrear em exclusivo naquele serviço de streaming.
Com a Shondaland, Rhimes procurou construir um lugar onde pudesse “aumentar os géneros das histórias” que conta, bem como criar um ambiente de entusiasmo onde “os colegas talentosos e criativos” pudessem dar o melhor de si. “Na Netflix têm sido todos parceiros incríveis para a realização deste objetivo. Isto é a Shondaland 2.0“, afirmou a criadora norte-americana num comunicado enviado em parceria com a plataforma de distribuição digital.
Entre as séries já anunciadas estão “The Warmth of Other Suns“, que acompanha décadas de migração de afro-americanos que fugiram do Sul racista em busca de uma vida melhor, entre 1916 e 1970, e “Pico & Sepulveda“, que retrata o fim de uma era idílica no estado da Califórnia, enquanto as forças americanas ameaçavam guerra na fronteira.
“Hot Chocolate Nutcracker” é o documentário em episódios que percorre os bastidores do bailado clássico “O Quebra-Nozes”, com um elenco variado, e “Sunshine Scouts” é uma série “sombriamente cómica” que conta a história de um grupo de adolescentes que se encontra num acampamento e tem de enfrentar consequências apocalípticas.
A vida e carreira de Ellen Pao também vai ser contada, incluindo a ação judicial que travou contra o seu ex-empregador, que abalou Silicon Valley e impulsionou o movimento Time’s Up. A série vai chamar-se “Reset: My Fight for Inclusion and Lasting Change“. Mas há também “The Residence“, cuja trama descreve as vivências dos funcionários de uma das mais famosas moradas do mundo: a Casa Branca.
O anúncio foi feito recentemente e há ainda projetos sem título, como é o caso de uma produção baseada no artigo “How Anna Delvey Tricked New York’s Party People”, escrito por Jessica Pressler, sobre “uma nova amizade, como nenhuma outra”, e outra que é inspirada por um romance sobre uma feminista que enfrenta a monarquia britânica, e que se baseia nos livros mais vendidos de Julia Quinn.
“Tem sido emocionante iniciar esta jornada com a Shonda, a Betsy e a sua equipa e vê-los a abraçar toda a liberdade criativa possível na Netflix”, disse Cindy Holland, vice-presidente de conteúdo original da Netflix.