Sobre médicos e monstros

Christian Parente/Claudi

O País amanheceu estarrecido, após a morte de Dona Marisa Letícia Lula da Silva, com as notícias sobre os vazamentos e troca ilegal de informações de médicos sobre o prontuário da ex-primeira-dama, no Hospital Sírio Libanês. Reparem, não se trata apenas de uma questão ética, embora, não há nunca dúvida a respeito, é nisso que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo irá querer transformar. Há, claramente, uma variável criminal nessa história.

Por CHICO VIGILANTE, do Brasil 247 

Foto: Christian Parente/Claudia

Há pelo menos quatro médicos envolvidos nessa lama de imoralidade e antiprofissionalismo. Uma delas, a reumatologista, Gabriela Munhoz, acabou demitida por ter vazado dados do diagnóstico de Dona Marisa para um grupo de whatsapp, assim que a esposa do ex-presidente Lula foi levada ao Sírio Libanês.

Outros dois médicos, Pedro Paulo de Souza Filho e Ademar Poltronieri Filho, integrantes de grupos virtuais de internet, são apontados como disseminadores das informações sigilosas relativas a Dona Marisa.

Mas a personagem emblemática da grave crise moral da medicina brasileira se chama Richam Faissal Ellakkis, neurocirurgião de uma unidade da Unimed em São Roque, no interior de São Paulo, e de alguns hospitais da capital paulista.

Ellakkis, ao saber da entrada de Dona Marisa no Sírio Libanês, simplesmente orienta seus colegas de jaleco como devem fazer para matar a ex-primeira-dama. Em tom de deboche, ensina: “Esses ‘fdp’ vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí, já abre pupila. E o capeta abraça ela”.

Ao contrário dos profissionais sérios da medicina, que dedicam a vida ao juramento de cuidar das pessoas e diminuir o sofrimento humano, esses monstros formados, quase sempre, em universidades públicas, passaram a dar a tônica do exercício da medicina, no Brasil. A reação aos médicos cubanos e ao programa Mais Médicos, implantado nos governos do Partido dos Trabalhadores, foi um claro sinal dessa circunstância lamentável em preocupante.

Em um País sério, não nesse arremedo de nação em que os golpistas transformaram o Brasil, esse Richam Ellakkis já estaria impedido de clinicar, até porque já estaria preso. Porque esse doutorzinho não passa de um criminoso, embora, tenho certeza, muitos hão de aparecer para defendê-lo. Infelizmente, o corporativismo médico, no Brasil, beira a uma patologia.

É preciso que, muito além do Conselho Regional de Medicina, a Polícia Federal e o Ministério Público iniciem uma investigação para descobrir quem mais, além dessa turma de mafiosos, faz parte desse esquema de disseminação de ódio e quebra de ética médica.

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