SP: casal gay é espancado na região da avenida Paulista

Mais um caso de homofobia contra homossexuais aconteceu na região da Avenida Paulista. Desta vez, um casal, Marcos Paulo Villa, analista fiscal de 32 anos, e seu namorado, coordenador financeiro de 30 anos, foi agredido verbalmente e espancados ao sair de um bar na Rua Bela Cintra. O namorado de Marcos que preferiu não ser identificado, teve a perna quebrada.

O casal estava com uma amiga no Sonique Bar, na Rua Bela Cintra, na noite de sábado, primeiro de outubro. Ela foi assediada por dois homens. Segundo Marcos, os agressores com idades entre 25 a 30 anos, voltaram a assediar a moça e começaram a provocar a ele e ao namorado em um posto de combustíveis que fica na esquina da Bela Cintra com a Fernando de Albuquerque.

“Ela [a amiga] tinha parado o carro no estacionamento do lado. Fomos embora para casa e paramos no posto para comprar cigarro. Na fila do posto, esses caras vieram atrás e começaram a falar que a gente era viado, que a gente ia morrer, que não merecia viver.”

Marcos pediu para que eles parassem com as provocações e atravessou a rua, em direção à sua casa, na Rua da Consolação. Os dois agressores foram atrás do casal, continuando com as provocações.

O namorado de Marcos contou que “o cara falou que eu tinha que morrer. Eu comecei a gritar, pedindo ajuda do outro lado da rua. Ele veio pra cima de mim, me deu um murro na boca. Eu caí no chão, bati a cabeça e ele começou a chutar o meu corpo, foi onde eu apaguei e ele conseguiu quebrar a minha perna”.

Marcos e o seu namorado foram levados à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foram medicados.

“Nunca tinha visto nada semelhante, a gente nunca acha que vai acontecer com a gente. Primeiro, porque não somos estereotipados. Se aconteceu com a gente, pode acontecer com qualquer um”, disse Marcos.

Segundo as vítimas, um dos agressores é branco, de 1m80, cabelos curtos e ondulados, compleição forte e com uma tatuagem de figuras do mar em um dos braços. O outro agressor é também branco, de 1m75 e de cabelos lisos. Aparentemente nenhum dos dois tinham visual ligados à grupos homofóbicos como dos Carecas ou boneheads. Marcos acredita que um dos agressores era praticante de alguma modalidade de luta marcial. “A forma como ele me deu socos era típica de alguém que praticava boxe ou algo semelhante”, disse.

O casal procurou registrar, no domingo, boletim de ocorrência no 78° DP. Eles não conseguiram registrar o caso no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) porque fica fechado nos fins de semana.

Fonte: Youtube

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