Suíço é vagabundo? – Por: ALEXANDRE BRAGA

Quando a elite dissemina seu ódio sobre os beneficiários do Bolsa Família, fico pensando: como essa minoria nefasta que sempre viveu do Bolsa BNDES recrimina uma solução que é aplaudida pelo mundo?

Quando a grande maioria da elite brasileira dissemina seu ódio sobre os nossos beneficiários do Bolsa Família, querendo até liquidar o direito sagrado do voto, fico pensando: como essa minoria nefasta que sempre viveu do Bolsa BNDES e outras cositas mais recrimina uma solução que é aplaudida pelo mundo? Que já foi implantada na Suíça, Nova York e agora a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou como iniciativa modelo para distribuir renda e resgatar aos que foram alijados pelo rito cruel do capitalismo, ao direito de voltar a sonhar.

É isso mesmo, como fará a “elite” que usa os dividendos do BNDES, da CAIXA ou do BB, que ficam nas filas das embaixadas suados sob o sol escaldante do Brasil, para conseguir um visto de entrada nos países que adotaram o Bolsa Família como norteador para resolver suas mazelas sociais. Será que quando eles estiverem tomando um chocolate quente nos Alpes Suíços ou fazendo suas comprinhas “básicas” em New York vão se direcionar aos cidadãos de “primeiro mundo” beneficiários do programa Bolsa Família local como vagabundos?

O que existe no Brasil é uma profunda discriminação com quem foi discriminado com esse processo excludente ocorrido nesses 500 anos de Brasil, onde a lógica era que a mão de obra deveria ser mantida a qualquer custo, ofuscando as luzes do saber da maioria da nação. A Casa Grande deve imperar? Existem sim “canos” no Bolsa Família, mas são bem menores que os “canos” no BNDES e nas outras instituições criadas para propagar a riqueza, de uma minoria que não aceita o crescimento de todos os brasileiros.

O Bolsa Família está dando uma oportunidade aos excluídos dessa nação de garantirem aos seus filhos a oportunidade ao conhecimento, já que o programa cobra a frequência escolar dos filhos dos beneficiados. Dádiva que até pouco tempo atrás era monopólio de quem tinha um “crediário público” nas instituições financeiras. Ou seja, os filhos dos beneficiários do Bolsa Família vão garantir seu futuro com a educação recebida e dar um futuro digno que seus pais não tiveram.

Não podemos negar que esse preconceito brasileiro é uma cópia mal feita do ideal “o brinquedo é meu”, do Partido Republicano dos EUA. Onde o estado ultraliberal não pode servir ao cidadão, e sim para quem é bem recebido por um gerente de uma instituição financeira. Ou será que o medo da elite brasileira é que a sua empregada doméstica matricule seus filhos na escola, por meio do Bolsa Família consiga um emprego em um call center ou curse direito financiado pelo Fies?

Fonte: Brasil 247

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