Teatro da Uerj amanhece pichado com inscrições racistas

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RIO – Os muros do Teatro  da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), o Teatro Odylo Costa Filho, apareceram pichados com exortações racistas e símbolos nazistas na manhã desta segunda-feira. A Uerj foi a primeira universidade pública do país a adotar o sistema de cotas, em 2003. A universidade informou que está investigando para descobrir a autoria das pichações, que devem ser apagadas em, no máximo, dois dias.

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Em dezembro de 2008, uma briga entre estudantes negros e brancos na saída de uma festa da universidade se transformou numa discussão sobre racismo, e acabou em denúncias de injúria racial e agressão. Um aluno branco do curso de Filosofia acusa integrantes do grupo Denegrir, que defende a política de cotas, de agredí-lo fisicamente e ofender dois amigos seus. Já os estudantes que fazem parte do Denegrir afirmam que os três rapazes brancos gritaram expressões racistas como “poder ariano”, “somos brancos e por isso somos superiores”.

Acusações de racismo em briga de alunos na Uerj

RIO – Uma briga entre estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) transformou-se numa discussão sobre racismo e foi parar na delegacia. Um estudante de Filosofia, branco, acusa integrantes do Grupo Denegrir, formado por negros que defendem a política de cotas, de agressão. A confusão aconteceu na noite da última sexta-feira, depois de uma festa na universidade. Já o grupo acusa o estudante de ter proferido palavras racistas. Nesta terça-feira, membros do Denegrir fizeram, na própria universidade, uma manifestação contra o racismo.

Segundo Daniel Leal Moreira, estudante de Filosofia, o grupo cercou e ameaçou dois de seus amigos que saíam da festa. Quando viu a confusão, ele teria pedido que os rapazes parassem. Um deles lhe deu uma gravata e o jogou no chão. Ele conseguiu se desvencilhar e, quando saiu, teria sido cercado por dez homens. Temendo o que poderia ocorrer, chamou a polícia. Todos foram levados para a 18ª DP (Praça da Bandeira). Daniel registrou queixa de agressão.

A vendedora Kênia Ferreira, que é negra e namora Daniel, disse que o grupo, em represália à queixa de Daniel, registrou denúncia de injúria racial contra o jovem. Ela defende o namorado que, segundo ela, jamais falaria palavras racistas.

Moacir Carlos da Silva, o Cizinho, integrante do Grupo Denegrir, tem outra versão. Segundo ele, os três rapazes – entre eles, Daniel – foram expulsos da festa e chutaram a porta da sala do grupo. Daniel, segundo Cizinho, teria gritado expressões como “poder ariano”, “somos brancos e por isso somos superiores”. Sobre a agressão, Cizinho argumentou que foi em legítima defesa como forma de imobilizar Daniel.

Fonte: O Globo

Fotos  F.F.D

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