Tenho que compartilhar o que aprendi, diz Rachel Maia

À frente da Pandora, ela falou no Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito sobre como ajuda a transformar a realidade de quem não teve as mesmas oportunidades que ela

Do Claudia

(Estúdio Abril/CLAUDIA)

Mulher, negra, nascida na periferia de São Paulo, Rachel Maia sabe que é exceção à regra. “Nem por isso devo me sentir menos”, disse no painel “Somos maioria, mas somos poucas. O paradoxo das mulheres negras em posições de comando no Brasil”, apresentado por meio de vídeo no Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito, que acontece nesta terça-feira (06), em São Paulo. À frente da fabricante de joias Pandora há 8 anos, ela representa 0,4% do universo de presidentes de empresas brasileiras, segundo mapeamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), feito em parceria com o Instituto Ethos.

Com passagem por empresas como Novartis e a Tiffany&Co, Rachel faz parte do rol das mulheres que trabalham por oportunidades para as negras. “Ser inclusiva, dentro da representatividade que eu represento, é tratar todos de forma igual, mas sem esquecer que eu sou uma mulher negra, sim, e que eu devo olhar para aquela minoria”, ponderou. Por dentro do assunto: O avanço do empreendedorismo feminino encontra espaço especialmente entre os pequenos negócios. Saiba mais com a ContaAzul! Patrocinado 

Para ela, o conhecimento é o que traz poder e, por ter oportunidades que outras mulheres negras não têm, é seu dever ser exemplo. “Eu tenho direito de continuar me qualificando para que eu possa replicar essa qualificação para o próximo”, disse a presidente.

“Sou capacitada todos os dias pelos livros que eu leio e pelas pessoas que eu converso. No final do dia, eu tenho a certeza que eu não posso manter esse conhecimento só para mim”, completou. “Eu não posso simplesmente me bastar na minha capacitação. Eu tenho que compartilhar aquilo que aprendi.”

+ sobre o tema

Como resguardar as meninas da violência sexual dentro de casa?

Familiares que deveriam cuidar da integridade física e moral...

Bruna da Silva Valim é primeira negra a representar SC no Miss Universo Brasil

Bruna da Silva Valim, candidata de Otacílio Costa, foi...

Luiza Bairros lança programas de combate ao racismo na Bahia

O Hino Nacional cantado na voz negra, marcante, de...

Elizandra Souza celebra 20 anos de carreira em livro bilíngue que conta a própria trajetória

Comemorando os 20 anos de carreira, a escritora Elizandra...

para lembrar

Dona Zica Assis responde ao artigo: “Respeite nosso cabelo crespo”

Carta de Zica Assis - Beleza Natural   Oi Ana Carolina, Meu...

Descolonizar a língua e radicalizar a margem

Uma resenha sobre “Um Exu em Nova York” de...

Rita Bosaho é a primeira mulher negra eleita deputada em Espanha

O resultado das recentes eleições é histórico também porque...

Evento gratuito voltado à literatura afro-brasileira é realizado em Porto Alegre

12ª Festipoa Literária começa nesta segunda-feira (29) e segue...
spot_imgspot_img

Ela me largou

Dia de feira. Feita a pesquisa simbólica de preços, compraria nas bancas costumeiras. Escolhi as raríssimas que tinham mulheres negras trabalhando, depois as de...

“Dispositivo de Racialidade”: O trabalho imensurável de Sueli Carneiro

Sueli Carneiro é um nome que deveria dispensar apresentações. Filósofa e ativista do movimento negro — tendo cofundado o Geledés – Instituto da Mulher Negra,...

Comida mofada e banana de presente: diretora de escola denuncia caso de racismo após colegas pedirem saída dela sem justificativa em MG

Gladys Roberta Silva Evangelista alega ter sido vítima de racismo na escola municipal onde atua como diretora, em Uberaba. Segundo a servidora, ela está...
-+=