Tribunal francês propõe testar bracelete eletrônico contra violência doméstica

O presidente do tribunal de Pontoise, na região parisiense, Gwenola Joly-Coz, e o procurador Eric Corbaux pediram ao governo francês que avaliasse a possibilidade de testar o uso do bracelete eletrônico para monitorar homens violentos. Em 2017, 130 mulheres foram assassinadas pelo seu ex-companheiro na França.

Do RFI

Manifestação na França contra a violência doméstica, imagem retirada do alto que mostra dezenas de mulheres durante a manifestação
Manifestação na França contra a violência doméstica (Foto: AFP/Boris Horvat)

De acordo com o magistrado francês, o número de mulheres vítimas de homens violentos se mantém estável. “É mais do que claro que existe a necessidade de trabalhar essa questão”, declarou Joly-Coz à rádio francesa France Info. Ele trabalhou no gabinete da ex-porta-voz do presidente François Hollande, Najat Vallaud-Belkacem, ex-ministra dos Direitos das Mulheres.

Dados do coletivo #NousToutes (Nós Todas), divulgados no último dia 20 de abril, revelam que 45 mulheres foram assassinadas na França desde o início de 2019. Um dos casos mais chocantes foi o de uma jovem morta na região do Var, no sul da França, uma hora depois da passagem dos policiais no domicílio do casal.

Os dois magistrados pedem há cerca de um ano e meio que as autoridades utilizem o bracelete eletrônico para prevenir essas mortes. O dispositivo funciona com sucesso em vários países europeus, principalmente na Espanha. Em 2018, 47 mulheres morreram no país, cerca de 30 a menos que há uma década.

Bracelete já foi testado em três departamentos

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