Aproximadamente uma entre quatro pacientes com câncer de mama que fazem mastectomia parcial tem que passar por segunda cirurgia para remover o tecido suspeito. A conclusão vem de um estudo realizado pelo Lacks Cancer Center (EUA), que avaliou mais de 2.000 mulheres mastectomizadas.
Três em cada quatro mulheres com câncer de mama nos Estados Unidos optam por realizar cirurgia conservadora. A segunda cirurgia é realizada quando há suspeita de que a cirurgia inicial não removeu todo o tumor. Os pesquisadores observaram que essas taxas variam muito de cirurgião para cirurgião. Alguns quase nunca realizam a segunda cirurgia, enquanto outros realizam em aproximadamente 70% dos seus pacientes.
No estudo, foram avaliadas as taxas de re-excisão (segunda cirurgida) em quatro instituições norte-americanas. Eles encontraram uma grande variação de centro para centro. Das 2.206 pacientes com câncer de mama incluídas na análise, 454 passaram por segunda cirurgia. Quarenta e oito mulheres passaram por duas cirurgias adicionais e sete mulheres por três reoperações.
A segunda cirurgia foi realizada em 86% das mulheres cujos exames de imagem mostraram que ainda havia tecido canceroso. Alguns cirurgiões também realizavam essa cirurgia quando não havia imagem clara que indicasse tumor. Essa taxa variou em até 70 % entre os cirurgiões e de 1,7% a 21% entre as instituições.
O estudo deixa claro que há muita variação na forma como é feito o atendimento à mulher que passa por mastectomia parcial. É necessário que esse assunto seja abordado com mais frequência entre paciente e médico. Também é preciso que seja cuiadosamente avaliada a real necessidade de cirurgia ems casos em que a imagem de tumor residual não é clara.
Os especialistas afirmam que a reoperação, além de agressiva, pode ser desnecessária atualmente. A quimioterapia e a terapia hormonal são opções eficazes e comumente utilizadas após a cirurgia. Uma operação desse porte precisa de mais critérios para ser realizada.
Proteja-se do câncer de mama
Quando o assunto é câncer de mama, a situação é alarmante, praticamente uma epidemia, segundo o diretor do Instituto Paulista de Cancerologia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Ricardo Antunes. Por isso mesmo é necessário, mais do que nunca, o diagnóstico precoce. Veja a algumas recomendações para detectar a doença.
Faça o autoexame
“O autoexame ainda é uma das formas mais eficientes de detectar a doença. Quando ela é diagnosticada cedo (tumores de 2cm, em média) as chances de cura são de 90%” , afirma o médico. Para fazer o autoexame:
1. Tire a sua blusa e olhe a aparência de suas mamas em frente ao espelho.
2. Levante os braços e, em seguida, apalpe os seios até as axilas.
3. Coloque os braços na cintura e depois, alternando as mãos, continue apalpando. Perceba se há algum nódulo.
4. Deite-se e percorra suas mamas calmamente. Nesta hora, é bom apertar o bico dos seios para ver se não há secreções.
Evite álcool e cigarro
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama advêm do vício em bebidas alcoólicas e cigarros. “Estes hábitos diminuem a resistência do organismo e favorecem o acúmulo de gordura corporal, o que pode levar ao câncer”, explica o médico.
Fonte: Minha Vida