Uma em três universitárias britânicas já foi estuprada

Uma pesquisa liderada pelo jornal The Telegraph mostra uma realidade violenta dentro das universidades britânicas: o abuso sexual já atingiu uma em cada três estudantes do Reino Unido. Entre os homens, o número é menor, mas também é alto: um em oito afirmou ter sido estuprado, segundo a publicação.

No Alagoas24horas

Campanhas contra a violência sexual acusam as autoridades de faculdades e universidades do país por se recusarem a participar das investigações sobre as denúncias de estupro e abusos, tratando os casos como “problema da polícia”, deixando uma sensação de impunidade para os violentadores.

A pesquisa do Telegraph também mostrou que ao menos metade das estudantes britânicas conhece alguém que já foi estuprada. Entre os homens, um terço relatou ser amigo de alguma vítima.

Ao serem indagadas sobre um possível “toque ou abordagem” inapropriados, 31% das jovens disseram ter experimentado uma investida sem consentimento. Aproximadamente uma em cada 20 tinha experimentado avanços mais íntimos ou foi pressionada à atividade sexual. No geral, 34 por cento indicaram que haviam experimentado algum tipo de violência ou abuso.

Grupos lutam contra a violência contra as mulheres no Reino Unido, argumentando que os dirigentes de instituições de ensino superior são como “autoridades públicas” e, portanto, sujeitos à Lei dos Direitos Humanos e de Dever pela da Igualdade do Setor Público, que impõe a obrigação legal sobre os órgãos públicos para a eliminação da discriminação e assédio contra as mulheres.

O autor do relatório, Louise Whitfield, sócio da Deighton Pierce Glynn e especialista em direito público, disse que diversas estudantes já abandonaram os estudos por abuso ou pela falta de segurança nas instituições.

“Isto não pode continuar. A pesquisa sobre violência sexual é clara e mostra que casos crescem rapidamente. É inaceitável que um terço de mulheres e 12 por cento de homens tenham sido vítimas”, afirmou Kevin Fenton, diretor de Saúde e Bem-Estar em Saúde coletiva na Inglaterra.

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