Valor Econômico repercute recomendações de Geledés em fórum da ONU

Enviado por / FontePor: Katia Mello

Documento entregue às Nações Unidas foi escrito por organizações negras brasileiras para erradicar a pobreza

O Valor Econômico repercutiu, nesta sexta-feira 12, o anúncio do Brasil durante o Fórum Político de Alto Nível 2024 (HLPF de comprometimento para acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição, metas que constam nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) discutidos em plenária.

De acordo com texto do jornal econômico, o evento, que tem como temática “Reforçando a Agenda 2030 e erradicando a pobreza em tempos de múltiplas crises” e que acontece entre 8 a 17 de julho na sede das Nações Unidas, em Nova York, se destina a revisar cinco ODS específicos: erradicação da pobreza (ODS 1), fome zero e agricultura sustentável (ODS 2), ação contra a mudança global do clima (ODS 13), paz, justiça e instituições eficazes (ODS 16) e parcerias para a implementação dos objetivos (ODS 17).

Ainda de acordo com o Valor, durante o fórum, o Brasil apresenta seu Relatório Nacional Voluntária (VNR, sigla em inglês), pontuando os avanços, os retrocessos e desafios na década da ação da Agenda 2030. Neste cenário, o Estado brasileiro aceitou recomendações feitas por organizações negras da sociedade civil que, com viés racial, levantaram pontos cruciais a serem incluídos no documento final.

Em entrevista ao jornal, Letícia Leobet, assessora internacional de Geledés, presente no evento da ONU, afirmou que “entre as recomendações (feitas pelas organizações) está o enfrentamento ao racismo para a erradicação da pobreza”. E acrescentou: “O Estado brasileiro acatou recomendações levadas por organizações negras brasileiras como Geledés -Instituo da Mulher Negra, Casa Sueli Carneiro, Coalizão Negra por Direitos, Criola, PerifaConnection, Vidas Negras com Deficiência Importam, Marcha das Mulheres de São Paulo e Alma Preta, que elaboraram conjuntamente um documento com pontos fundamentais para a promoção da igualdade racial e o desenvolvimento sustentável”, completa.

Reprodução/ Valor Econômico

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