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Cepaia inicia pesquisa que investiga racismo no Carnaval de Salvador

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Um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da UNEB, em parceria com o Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da universidade, na capital, vai investigar a incidência das manifestações de preconceito racial nessa grande festa popular.

A pesquisa, intitulada O racismo no Carnaval de Salvador, será lançada nesta sexta-feira (18), a partir das 9h, no Auditório Jurandir Oliveira, no DEDC. Para participar do evento, aberto ao público externo, não é necessário realizar inscrição prévia.

“Queremos investigar e compreender o racismo no Carnaval de Salvador, já que partimos do pressuposto de que uma grande parcela da população negra fica à margem da festa. Estudando o porquê desse fato, vamos poder elaborar alternativas e pensar em políticas públicas que possam modificar essa realidade”, explica o professor do DEDC e pesquisador do Cepaia, Valdélio Santos, um dos coordenadores da pesquisa.

Uma das metodologias utilizadas na investigação é a aplicação de um questionário com 46 perguntas, que já pode ser respondido pela população por meio do endereço eletrônico www.racismonocarnaval-salvador.org.br.

Estão convidados para o lançamento do projeto o reitor Lourisvaldo Valentim, a vice-reitora Adriana Marmori, o pró-reitor de Pós-Graduação (PPG), José Cláudio Rocha, os diretores Wilson Mattos (Cepaia) e Antônio Amorim (DEDC), além do secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Elias Sampaio.

A programação do evento conta ainda com uma mesa-redonda sobre o tema, que terá a participação de pesquisadores da UNEB e do presidente do grupo Olodum, João Jorge Rodrigues.

O projeto de pesquisa O racismo no carnaval de Salvador tem apoio do Instituto 2 de Julho, organização não-governamental (ONG) de Salvador.

Fonte: Uneb

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