7 empresárias negras brasileiras que você precisa conhecer agora

O mundo empresarial também conta com mulheres negras. Não precisamos mencionar neste texto todos os desafios que elas enfrentam por causa do racismo, tornando-as exceção em um universo branco, mas suas carreiras vão além da luta racial.

Por Jonas Carvalho, do Catraca Livre 

Os empreendimentos destas 7 empresárias são exemplos de resistência e empoderamento, mas também de qualidade e perspicácia no universo dos negócios.

Entre os ramos de atuação, estão moda, cosméticos, cultura e eletrônica, mais um exemplo da diversidade e flexibilidade do povo negro em busca de mais oportunidades e qualidade de vida.

Você pode conferir mais profissionais negros e também empreendedores em sites como o Afrobras, nos grupos AfrotramposRede de Profissionais Negros no Facebook e no aplicativo Kilombu.

Veja as empresárias negras brasileiras que você deve conhecer:

Monique Evelle – Kumasi

Ela é uma das fundadoras do e-commerce Kumasi, que vende produtos de empreendedores negros de Salvador (BA). Eles contam com suporte para aumentar as vendas e os clientes garantem que esse trabalho continue.

“Tudo que fazemos é pensando na transformação. Na Kumasi ou nas outras atividades, a ideia é que todos cresçam juntos”, afirmou ela para a BBC Brasil.

Carolina Lima – Prapreta

Divulgação cedida ao PEGN

“Por que tenho que acessar um site em que todo mundo tem cabelo liso para comprar meus produtos de beleza?”. A pergunta motivou Carolina a abrir o Prapreta, segundo relatou ao site PEGN.

A loja virtual surgiu para oferecer às mulheres negras a chance de encontrar cosméticos que tenham qualidade, mas que também atendam ao bem estar e beleza delas.

Cynthia Mariah – Ateliê Cynthia Mariah

Cynthia Mariah Crédito: Pablo Saborid

A grife Cynthia Mariah traz roupas e acessórios feitos de forma artesanal que trazem exclusividade e conscientização.

“Somos uma grife que direciona seus produtos a mulheres ousadas, de personalidade colorida, mulheres que são fortes e guerreiras pela própria natureza”, afirma Cynthia.

Buh D’Angelo – InfoPreta

O serviço de tecnologia InfoPreta atua na manutenção de computadores, desenvolvimento de sites, serviços relacionados à tecnologia e também cursos, palestras e oficinas sobre a área para mulheres.

Ela contou ao El País Brasil a inspiração para o InfoPreta. “A mulher negra, seja ela cisgênero ou transexual, nunca está realmente inserida na sociedade. O meu objetivo, então, é o de dar condições para que essa mulher, que vive em vulnerabilidade, consiga estudar e se formar”.

Ketty Valêncio – Livraria Africanidades

Reprodução/Facebook/Ketty Valencio/Fridas Photos e Videos

A Livraria Africanidades visa dialogar com as matrizes afro-brasileiras e femininas, buscando mostrar o protagonismo da mulher negra na literatura.

“Sentia uma angústia por ser uma mulher negra. Na escola não aprendemos a literatura negra de homens ou mulheres. Na faculdade também não. E a literatura reporta ainda mais a realidade que não aprendemos, e colocamos a menina como protagonista da própria história ao ser uma criadora”, disse ao site Voa, Maria.

Dara Ribeiro – Eparrei

A proposta da Eparrei é mostrar que “todas mulheres ,que elas podem e devem usar o que bem entender, desde que elas sintam-se lindas”.

“A minha moda é política. São camisetas que dão visibilidade para a mulher negra, mas também tem cota para branco”, contou para o site Meu Negócio Brilhante.

Luciane Reis – Merc’Afro

reprodução/Facebook/Luciane Reis

Ela é CEO do Merc’Afro, agência de fomento para estimular negócios étnicos e locais que não contam com grandes recursos para se desenvolver.

Ela se definiu ao site Voa, Maria como “uma mulher que não tem medo de arriscar, sem medo do novo”. “Acredito muito no que quero e estou fazendo para a minha vida (…) me vejo como uma pessoa que está fazendo a diferença no país a partir do debate no étnico”, afirmou.

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