Vai ser bonito! Com clássico ‘Rap da Felicidade’, Ludmilla leva funk para a abertura da Rio 2016

A cerimônia ocorre nesta sexta-feira (5) e promete fortes emoções para brasileiros e estrangeiros amantes do esporte ao redor do mundo.

Um dos destaques da festa, que mostrará a diversidade cultural do Brasil e força dos brasileiros, será Ludmilla – funkeira negra, crescida no subúrbio de Duque de Caxias, no Rio, hoje uma das cantoras mais famosas do Brasil.

Os contrastes de sua trajetória (e por que não da sociedade brasileira?) estarão bem representados no traje que a cantora usará: um vestido feito com cristais Swarovski e anéis de latinha de refrigerante. Ao UOL, ela deu detalhes sobre o look:

“Eu curti o vestido, é bem legal. Só não vou poder dançar muito porque ele é de um material mais rígido.”

 

No palco da cerimônia, Ludmilla mostrará ao mundo um funk clássico na história da música brasileira, Rap da Felicidade, lançado em 1994 pela dupla Cidinho & Doca. Com refrão conhecido (“Eu só quero é ser feliz…”), o funk aborda as duras relações de classes no Brasil.

Um dos trechos da música diz:

“Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer
Com tanta violência eu sinto medo de viver
Pois moro na favela e sou muito desrespeitado
A tristeza e alegria aqui caminham lado a lado
Eu faço uma oração para uma santa protetora
Mas sou interrompido à tiros de metralhadora
Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela
O pobre é humilhado, esculachado na favela
Já não aguento mais essa onda de violência
Só peço a autoridade um pouco mais de competência”

 

 

 

Relembre a versão original do funk:

A torcida é para que Ludmilla faça bonito com essa música, assim como outras grandes artistas brasileiras brasileiras fizeram, incluindo:

Elza Soares


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Arrase, Lud!

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