Negritude de Chiquinha Gonzaga ganha acento em exposição em São Paulo
Sob a luz do amanhecer, sons de vendedores, dos cascos de cavalos pelas ruas de pedra, e, ao escurecer do cair da noite, de músicos de calçadas, do falatório da saída do trabalho e dos copos que tilintam nos bares. É o ciclo de um dia no centro do Rio de Janeiro da segunda metade do século 19 que guia o visitante na "Ocupação Chiquinha Gonzaga". A mostra dedicada à compositora, pianista e regente é aberta nesta quarta semana no Itaú Cultural, em São Paulo. A presença da rua na vida de uma mulher daquela época não é algo trivial. Mas Chiquinha Gonzaga não alcançou o sucesso sendo trivial e a exposição evidencia as lutas que ela encampou contra a mentalidade do período –pela abolição da escravidão, pela liberdade das mulheres e pelos direitos autorais. Segundo sua biógrafa, Edinha Diniz, Chiquinha era “uma mulher no Segundo Reinado que lutava contra o atraso social”. Aqueles que conhecem Chiquinha ...
Leia mais