Karol Conka sobre sexo oral e preconceito por ser bi: “Não somos bagunça!”

Karol Conka não dá voltas quando o assunto é amor e sexo. Solteira há cinco meses, a cantora, que é bissexual, falou sobre como está aproveitando a nova fase após o fim de um namoro de um ano.

no Estilo UOL

Aplicativos de relacionamento não fazem exatamente o tipo de Karol. Depois de alguns dias experimentando um, ela conta que acabou desistindo de conhecer “matches” pelo celular. “Foi um momento que durou três dias. Vários fãs vinham falar comigo de assuntos variados. Aí dei um match com um boy lá, e ele não acreditava que era eu. Para provar, o segui no Instagram”.

O problema? “Chamei para jantar e aí, pessoalmente, achei uó. Parecia que eu estava falando com um fã mesmo. Jantamos e tchau. Ele me perguntou se não ia rolar nem um beijinho. Eu falei: “Lembra o que estava escrito na minha descrição? Estou aqui para tirar uma onda”. Então, foi isso mesmo. Beijo, tchau”, contou.

A cantora acredita que dizer “não” quando você não está a fim é muito importante. “Eu sou uma mulher bem resolvida com todos os temas da minha vida. Falo mesmo que não rolou e pronto! Fui embora e, ainda, deixei um baseadinho para ele de presente. Depois, bloqueei e já era. Dizer não para uma pessoa também é um ato de sinceridade”.

foto: Glamour – Estilo UOL

Karol se definiu à publicação como “bem leal” — se ela tiver vontade de ficar com outra pessoa enquanto está namorando, ela avisa o parceiro. “Tive um namorado que falou que tudo bem. Aí, fiquei com o outro e terminei com ele”.

Mesmo assim, Karol não gosta da ideia de casamento. “Tenho pavor. Queria saber da onde surgiu essa coisa de casamento. Respeito as pessoas que vivem assim. Eu mesma já morei junto durante três anos e meio, mas, cara, não sei”.

Para ela, a intensidade do laço acaba diminuindo com o tempo — o que pode se provar um obstáculo. “Quando namoro, eu grudo. Quero levar para todos os lugares. Agora estou tentando achar esse equilíbrio: só namorar mesmo. Às vezes, a gente se apaixona por um relacionamento que a gente idealiza e, com o passar do tempo, vê que não é bem aquilo”.

Sexo & preconceito

A dona do hit “Lalá” — que fala sobre sexo oral — quaisquer assuntos relacionados à sexualidade com muita naturalidade. “Não entendo quando me falam que eu não devia cantar uma música como “Lalá” porque é feio. Sempre falei sobre esse assunto com as minhas amigas. Era “lalá no clicli”, de clitóris”, explica.

“Minha mãe achou um absurdo quando ouviu”, revela. “Foi a primeira a dizer que era baixaria. Achou pesada. Aí botei “meu pau te ama” para ela ouvir e ficou tudo bem. Até meu filho acha que a música é ok”.

Karol ainda enxerga tabus em relação ao prazer feminino e a identidades sexuais que fujam da heteronormatividade.

“As pessoas também têm uma coisa com o bi, né? Como se eu fosse olhar para a bunda das mulheres, sei lá. Não é assim. Acho que as pessoas bi olham muito mais para o ser. Se a pessoa não tiver membro nenhum e você curtir, pronto. Tem gente que acha que a turma do empoderamento é bagunça. Epa! Não somos bagunça, não!”.

Para ela, o desejo, aliás, vai além do corpo. “É uma questão de aura. Nunca namorei mulheres, só fiquei. Namorei quatro caras na vida. Não é fácil namorar comigo”.

E brinca: “Às vezes, vou para o rolê na intenção, falando “hoje vou transar”. Aí saio com as minhas amigas e a gente começa a beber, a falar de música, a dançar quando vejo, são seis da manhã e não peguei ninguém”.

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