Carol Conká, a Karabá do BBB
A atuação daquela eleita vilã de reality que, em contexto de pandemia e ausência de novelas frescas, ocupou o vácuo e protagonizou o equivalente ao que seria uma final de novela das nove, mobilizou mais ódio e ação pública das massas, da minha comunidade e de famosos, do que os promotores do escárnio e da barbárie em Brasília. A audiência e o debate nas redes justificam os milionários patrocínios. E o gozo com o esquartejamento público de uma pessoa, "coincidentemente" preta, "coincidentemente" mulher, e "pelos defeitos dela, por culpa tão somente dela", alimenta o fetiche racista coletivo. Incapazes de subir ao trend topics uma hashtag de conteúdo obsceno tal como #VacinaParaTodesPeloSUS ou #AuxilioEmergencial600reais, a platéia brinda o país com a maior rejeição pública de todos os tempos. Não. Não é a rejeição pública de Bolsonaro. Aliás, na arquibancada se juntam bolsonaristas e esquerdopatas, machistas e desconstruídos, intelectuais e analfabetos, todos ...
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