Cinema em diáspora: Correnteza – Mostra Internacional de Cinema Atlântico anuncia sua 2º edição no Recife

As inscrições para exibição de curtas de todo o Brasil já estão abertas

A Correnteza – Mostra Internacional de Cinema Atlântico anuncia sua 2ª edição, com programação presencial e gratuita de 28 de Setembro a 01 de Outubro no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Derby), em Recife (PE). Realizada com recursos oriundos do 16ª Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco Funcultura. 

Com foco nas produções audiovisuais que contemplam as narrativas afro-indígenas em diáspora na América, a nova edição mira nos cinemas experimentais e em seus programas especiais, como forma de expandir a discussão acerca das identidades em deslocamento.

“Em nossa primeira edição tivemos uma experiência incrível aproximando imagens distintas em nossa programação e foi buscando suas diferenças e semelhanças que trouxemos boas discussões e desconstruções sobre essa América e esse Atlântico  que conhecemos”, explora Rayanne Layssa, uma das diretoras de programação da Correnteza. “Acreditamos que esse ano não será diferente, mas dessa vez queremos debater as transformações que o digital trouxe para a diáspora e suas possibilidades de experimentações”, ela aponta sobre as principais temáticas que orbitam a mostra deste ano.

Sobre as Inscrições 

Assim como na primeira edição, que aconteceu em 2021, também no Recife, este ano a Correnteza abre inscrições para exibição de curtas brasileiros em algumas de suas sessões. Serão admitidos filmes realizados por pessoas negras, indígenas e de racialidade não branca que se relacionam com as experiências da diáspora no território americano. O prazo de inscrições termina no próximo dia 26 de Agosto. Mais informações, acesse o regulamento completo a seguir:

“A mostra de cinema surge como um reflexo das inúmeras diásporas que atravessaram o continente americano, cada qual carregando consigo as sementes de incontáveis histórias e experimentações. Nossa iniciativa nasce da vontade de criar um espaço onde essa profusão de criações possa ser projetada nas telas de cinema. Desejamos ardentemente que os realizadores se sintam não apenas participantes, mas também coautores essenciais desse cenário que idealizamos, reforçando assim a importância de cada voz nesse oceano de possibilidades”, comenta Ana Julia Travia, que integra o núcleo de Curadoria Internacional da mostra.

Todos os filmes recebidos serão submetidos à Comissão de Seleção da Correnteza e o resultado será divulgado até o dia 08 de Setembro de 2023. Acompanhe os próximos passos e novidades da programação em no perfil do Instagram: 

Para Mariana Souza, que integra a Direção de Programação da mostra, a Correnteza também realiza um exercício de ampliação do audiovisual nacional contemporâneo.  “Queremos seguir expandindo as redes de circulação para o cinema independente nacional, colocando-o sempre num contato aproximado com as diásporas vizinhas. Pensamos o cinema como um organismo vivo que ganha força no movimento e no encontro, nosso trabalho acontece num desejo de fortalecer esse organismo”, ela conclui.

Sobre a Correnteza

Em sua primeira edição, realizada em abril de 2021, a Correnteza – Mostra Internacional de Cinema Atlântico, de Recife (PE), exibiu 27 curtas metragens de todo o Brasil, além do elogiado longa-metragem alagoano “Cavalo” (2020) e uma sessão especial em parceria com o festival “Panalândia – Festival Nacional de Cine Pobre” (Panamá). A mostra aconteceu no Cinema do Museu, na Zona Norte da capital pernambucana, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, incluindo uma exibição online via  Wolo.TV,  tudo de forma gratuita. 

Em 2023 a Correnteza realiza sua segunda edição, novamente em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, mas este ano está em cartaz no Cinema do Derby, no centro do Recife, entre os dias 28 de Setembro e 1o  de Outubro. Novamente as entradas serão gratuitas e a curadoria contemplará curtas independentes feitos ao longo de todo o território brasileiro. A Correnteza – Mostra Internacional de Cinema Atlântico é idealizada pelas curadoras Ana Julia Travia, Mariana Souza e Rayanne Layssa.

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