Campanha por ministra negra no STF toma as ruas de Brasília

Movimento Negro realiza ato em frente ao Ministério da Saúde e busca diálogo com lideranças

A expectativa para quem será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) é grande. A ministra deve se aposentar oficialmente na próxima segunda-feira (2), data de seu aniversário de 75 anos, idade limite para atuação no STF.

Com a iminência do anúncio de um novo nome para ocupar a cadeira deixada por Weber, o Movimento Negro se organiza para pressionar o presidente Lula a escolher uma ministra negra. Essa seria a primeira jurista negra a ocupar um lugar no STF.

As reivindicações se intensificaram após a mais recente declaração de Lula, que afirmou que não levará em conta “questão de gênero ou de cor” na hora de fazer sua escolha.

Campanha por jurista negra

Nesta quarta-feira (27), às 16h, foi realizado uma ato em frente ao Ministério da Saúde em favor da pauta. A organização é da Coalizão Negra por Direitos, formada por organizações, entidades, grupos e coletivos do movimento negro brasileiro.

Além do ato, foram estendidas faixas e realizadas a colagem de lambes em territórios periféricos de todo o país com mensagens de reivindicação da importância da indicação.

Na terça-feira (26), foi realizado um coquetel com a presença de parlamentares, membros do Ministério da Igualdade Racial, atores políticos e representantes da sociedade civil, buscando ampliar e fortalecer o apoio pela indicação da primeira jurista negra para a Corte.

As intervenções fazem parte da campanha chamada “Em Defesa de uma Ministra Negra no STF e por mais juristas negras e negros nos espaços do judiciário brasileiro”. Segundo a Coalizão, o objetivo é “reduzir o hiato de representatividade no poder judiciário e contribuir para um projeto de país antirracista”.

Agenda continua em Brasília

As intervenções seguirão em Brasília até a sexta-feira (29). A programação conta com uma “agenda de diálogos com os poderes legislativos, executivo e judiciário sobre as pautas prioritárias do movimento negro no atual contexto brasileiro”.

A campanha também organiza um abaixo-assinado através da plataforma Ministra Negra no STF.

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