Pai fica sem voz, mãe ‘chora junto’ e Sassá mal consegue falar após título

Por: Carol Oliveira

Final da Superliga traz família Gonzaga de Barbacena para São Paulo

Nos últimos cinco meses, Seu João Carlos e Dona Sônia Gonzaga adequaram suas vidas ao calendário intenso de jogos da Superliga. Quando não podiam assistir aos confrontos ao vivo, se programavam para acompanhar pela televisão. O que não podia mesmo era perder a filha, uma das campeãs olímpicas de Pequim-2008, em quadra pelo Osasco. Para a final de domingo, no ginásio do Ibirapuera, o esquema foi montado com cuidados especiais. O casal deixou a cidade mineira de Barbacena com antecedência para assegurar que estariam presentes, e vestidos de laranja, na torcida por Sassá.

 

– A gente preparou tudo para chegar aqui na quinta-feira. Chegamos cedo. Mas foi bom, pois conseguimos ver todos os treinos – contou o simpático pai da campeã olímpica, rouco de tanto gritar e com um chapelão da cor do time paulista na cabeça.

 

No melhor estilo mineiro, a mãe prestava atenção no que o marido dizia sobre a filha – que um pouco mais à frente tirava fotos com os fãs. Com um acessório na cabeça igual ao de Seu João Carlos, ela concordava com as colocações sobre as seguidas derrotas para o Rio nas outras edições e a final no Ibirapuera. Dona Sônia só se pronunciou quando o assunto foi a atuação de Sassá e as lágrimas derramadas por ela, após um pisão no calcanhar da companheira Carol Albuquerque, no quinto set.

– A gente chora junto com ela. Sempre. Foi um título mais que merecido – desabafou.

 

A fisionomia tímida logo deu lugar a um imenso sorriso. Quando Sassá se aproximou, Dona Sônia abriu os braços e agarrou a filha. Seu João Carlos foi no embalo da esposa. A ponteira cumprimentou os pais e mostrou a medalha de ouro, colocada em pescoço pelo Ronaldo Fenômeno.

 

– Tudo vale a pena quando a gente vê isso. Olha… uma filha feliz – orgulhou-se o pai da campeã olímpica.

Sassá demonstrou carinho e disse o quanto é importante ter os pais por perto, principalmente em momentos decisivos. Emocionada, ela contou que ainda precisa de mais alguns dias para se dar conta de que finalmente conquistou o título. No entanto, revelou que tinha a sensação de que o Osasco poderia sagrar-se campeão, pois já tinha levado a melhor sobre a equipe carioca nos dois outros jogos da temporada.

– Fiquei pensando… se a gente já tinha conseguido ganhar antes, porque não conseguiria agora? E conseguimos. Ainda estou sem palavras. Quebrar uma invencibilidade como a delas, conquistar o título, ter meus pais comigo… tudo muito bom. Estou muito feliz.

 

Fonte: Globoesporte

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