“É necessário mudar a mentalidade do país, dos educadores, para que se interessem a saber mais sobre as culturas africana e indígena”
Foram palavras conferidas pelo Prof. Carlos Benedito Rodrigues, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na palestra da cerimônia de abertura da formação do projeto A Cor da Cultura em São Luiz.
Carlão, como é mais conhecido por militantes do movimento negro brasileiro, disse que o Maranhão é um dos estados onde se concentra a maior parte das população negra do país, no entanto é raro encontrar negros trabalhando nas lojas como vendedores, pois a seleção para o mercado de trabalho se dá muito mais pela aparência física do que pelo processo de competência. No serviço público, negros estão nos baixos escalões, predominando ainda no Brasil ideologias coloniais e excludentes.
Sobre as relações raciais na escola, Carlão destacou a permanência de materiais didáticos que não valorizam a contribuição de negros e indígenas na construção do Brasil, havendo predominância de personagens históricos que revelam uma preferência pelo branqueamento do país.
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Fonte: Portal Geledés