No post anterior explico em que medida toda educação é política e de que modo a comunidade escolar pode transformar uma escola autoritária a partir de um projeto político-pedagógico democrático.
Por André Azevedo da Fonseca Do Brasil Post

Nesse post prosseguimos o questionamento: qual a solução pedagógica para a questão dos condicionamentos ideológicos nas práticas educativas, presentes sobretudo naquelas que se dizem neutras?
Para Paulo Freire, a resposta começa com o rigor ético do educador. Aquela ética que condena o cinismo, os preconceitos e que não admite as práticas de denunciar por ouvir dizer; de acusar alguém de ter dito algo que ele não disse; e de cometer falso testemunho para induzir o outro a acreditar em uma determinada opinião.
“Posso não aceitar a concepção pedagógica deste ou daquela autora e devo inclusive expor aos alunos as razões por que me oponho a ela mas, o que não posso, na minha crítica, é mentir”, escreve Paulo Freire.
E ao lado da ética, a solução está também na liberdade e na diversidade das abordagens que a escola deve promover.
De acordo com Paulo Freire, é não só interessante, mas profundamente importante que os estudantes percebam as diferenças de compreensão dos fatos. É necessário que eles tenham acesso às várias interpretações, nas mais diversas disciplinas, para que tenham condições de relacionar, refletir e formular as suas críticas com autonomia.
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A série Pedagogia da Autonomia explica didaticamente os princípios da pedagogia freireana. Para acompanhar os vídeos, inscreva-se no canal do prof. André Azevedo da Fonseca no YouTube ou favorite este blog para receber as notificações.
Confira o primeiro post da série Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire