‘A escola tem que assumir seu papel de combate ao racismo’

Macaé Evaristo Secretária de Estado de Educação

Por Luiza Muzzi Do O Tempo

Foto: Charles Silva Duarte/ O Tempo

Qual o objetivo desse acordo firmado com o governo federal?

O objetivo é evidenciar a necessidade de adequação de todas as escolas à Lei n° 10.639, que inclui a história e cultura dos africanos e afro-brasileiros nos currículos escolares, e na implementação das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais. Essa campanha funciona como um chamado para que nós possamos nos organizar para cada vez mais fazer cumprir a lei.

E como esse trabalho será feito?

Nós teremos uma série de ações da

própria campanha, que é uma agenda de mobilização. Queremos ampliar uma pesquisa sobre o que as escolas já fazem e as boas práticas de implementação da lei. Nós ainda temos iniciativas voltadas para a formação de professores e também queremos desenvolver um trabalho no sentido de garantir acervo para as escolas de materiais didáticos que contemplem a temática.

E qual a importância de levar essa discussão para dentro da sala de aula?

Essa é uma agenda que deve envolver toda a sociedade brasileira. Mas é importante que professores e estudantes construam a partir da escola um ambiente de respeito às diferenças, independentemente de seu pertencimento étnico-racial. E a escola tem que assumir também seu papel de trabalhar para combater o racismo e a discriminação de qualquer tipo. Queremos chamar a escola, mas também a sociedade e a mídia. Todos temos que nos engajar em uma agenda de luta contra o racismo e contra a discriminação.

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