Abertas, neste domingo (14), as inscrições para oficinas gratuitas da Mostra Multiplataforma sobre subjetividades e experiências coletivas negras e femininas

FONTEPor Laís Monteiro, enviado ao Portal Geledés
Foto: Carol Coelho

Estão abertas, a partir deste domingo (14) e segue até o próximo domingo (21), as inscrições para as oficinas de Performance Negra Feminina e Vivência de Autocuidado Feminino da Mostra Multiplataforma “Corpos (In)visíveis: Entre a Dor e a Potência”, que começa no dia 20 de março. Gratuito, o evento, que acontece nos formatos presencial e online, visa discutir as subjetividades, individualidades e experiências coletivas negras e femininas através de exposições fotográficas e de colagens, videoperformances artísticas, videoartes, depoimentos em vídeo, oficinas, lives e mesas de debate.

Pela quarta-feira do dia 24 de março, às 14h, acontece a oficina “Performance Negra feminina”. Para participar, basta se inscrever por meio do formulário disponível nas redes sociais Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos), entre os dias 14 e 21 de março. Online, a oficina, com 10 vagas, será pelo aplicativo Zoom. E, no dia 31 de março, às 14h, a oficina “Vivência de autocuidado feminino” encerra a programação virtual do evento. Com 15 vagas e transmissão também pelo aplicativo Zoom, a atividade será pelas redes sociais Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos). Ambas sob o comando da atriz Danielle Anatólio.

Sob mediação da atriz e pesquisadora de performances negras femininas, Danielle Anatólio, a live, seguida de debate com o tema “Arte negra e ancestralidade”, abre a programação virtual, na segunda-feira, 22 de março, às 19h, com as participações das convidadas Sinara Rúbia e Simone Ricco, ambas educadoras étnico-raciais. Com transmissão ao vivo pelo Facebook (página Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos) e no Youtube (canal Corpos Invisíveis), o encontro abordará a importância da ancestralidade negra e feminina na arte produzida por mulheres, os temas e caminhos trilhados, o surgimento da representação feminina na cultura e na arte de matriz africana e o empretecer nos espaços da arte institucionalizada, midiática ou de audiência.

Na Segunda-feira 29 de março, às 19h, também sob a mediação da atriz Danielle, acontece a live com o tema “Corpo, autocuidado feminino e (in)visibilidades”, com as participações de Dandara Barbosa; escritora, e Caroline Amanda Borges; educadora menstrual e consultora em educação e saúde sexual. O bate-papo virtual discutirá as formas de rompimento dos estereótipos de subalternidade impostos sobre corpos negros, gordos e fora dos padrões definidos pela branquitude e pelo patriarcado, e o autoconhecimento e o autocuidado feminino como um caminho necessário para a cura de corpos negros. A transmissão será ao vivo pelo Facebook (página Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos) e no Youtube (canal Corpos Invisíveis).

Já para participar da programação presencial da Mostra Multiplataforma “Corpos (In)visíveis: Entre a Dor e a Potência”, basta acessar os seus perfis nas redes sociais Corpos Invisíveis: (@invisiveis.corpos) e conferir os dias, horários e eventos a serem prestigiados.

PROGRAMAÇÃO ONLINE

ABERTURA

LIVE-DEBATE

Segunda-feira (22) de março às 19h | Arte Negra e Ancestralidade | Com intérprete de Libras.

Convidadas: Sinara Rúbia e Simone Ricco

Mediação: Danielle Anatólio

Local: Transmissão ao vivo pelo Facebook (página Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos) e no Youtube (canal Corpos Invisíveis).

Qual a importância da ancestralidade negra e feminina na arte produzida por mulheres? Quais os temas e caminhos trilhados? Como se dá a representação feminina na cultura e na arte de matriz africana? Como empretecer os espaços da arte institucionalizada, midiática ou de audiência? Nesse debate, conversaremos com Sinara Rúbia e Simone Ricco, com mediação de Danielle Anatólio.

Terça-feira (29) de março às 19h | Corpo, Autocuidado Feminino e (In)visibilidades | Com intérprete de Libras.

Convidadas: Dandara Barbosa e Caroline Amanda Borges

Mediação: Danielle Anatólio Local: Transmissão ao vivo pelo Facebook (página Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos) e no Youtube (canal Corpos Invisíveis).

Como rompemos com estereótipos de subalternidade impostos sobre corpos negros, gordos e fora dos padrões definidos pela branquitude e pelo patriarcado? Autoconhecimento e autocuidado feminino é um caminho necessário para a cura de nossos corpos, subjetividades e corações, desde sempre conectados. E não haverá tempo para luta e resistência coletivas se nosso emocional está adoecido.

Vamos discutir autoestima e autocuidado a partir da ancestralidade africana e matriarcal e do pensamento decolonial afro diaspórico? Convidamos você para essa conversa com Dandara Barbosa e Caroline Amanda Borges, com mediação de Danielle Anatólio.

OFICINAS
Quarta-feira (24) de março das 14h às 17h| Performance Negra Feminina, com Danielle Anatólio

10 vagas

No aplicativo Zoom | Abertura das inscrições: de 14 a 21/03, por meio de formulário que será disponibilizado nas redes sociais Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos

Quarta-feira (31) de março das 14h às 17h | Vivência de Autocuidado Feminino, com Danielle Anatólio

15 vagas

No aplicativo Zoom | Abertura das inscrições: de 14 a 21/03, por meio de formulário que será disponibilizado nas redes sociais Corpos Invisíveis: @invisiveis.corpos

PROGRAMAÇÃO PRESENCIAL

SERVIÇO

Mostra Multidisciplinar e Multiplataforma Corpos (In)visíveis: Entre a dor e a potência

Local: Lona Cultural Municipal Terra – Guadalupe

Endereço: Marcos de Macedo, s/nº – Guadalupe, Rio de Janeiro – RJ, 21660-020

Data: 20 de março a 17 de abril

Abertura da Mostra: sábado (20) de março, de 11h às 17h

Encerramento: sábado (17) de abril, de 11h às 17h

Horários de Visitação: Quinta e sexta, de 11h às 19h30, sábado e domingo, de 11h às 17h

Classificação: Livre

Entrada: gratuita

Danielle Anatólio (Foto: Carol Coelho)

Exposição Fotográfica

Exposição fotográfica dividida em três núcleos temáticos que remetem às Yabás: Mar, cuja estética remete às simbologias e mitologias de Yemanjá; Ventos, que se vale artística e esteticamente das mitologias de Iansã, mãe dos ventos e dos rios; e Águas Doces, construída esteticamente em torno da figura mítica-espiritualista de Oxum, a doce mãe.

Videoinstalações

Videoinstalações com performances artísticas construídas coletivamente por artistas negras a partir da dança de matriz africana e contemporânea e da ideia de corporeidade (corpo e oralidade) que corpos negros historicamente carregam, fazendo referência aos quatro elementos que regem a natureza: ar, fogo, água e terra, numa proposta de conectar esses corpos negros femininos, a partir da arte e da arte-militância, com sua ancestralidade, com a sacralidade feminina e com a natureza.

Outra videoinstalação apresenta depoimentos de mulheres negras sobre suas vivências e subjetividades ao responderem ao questionamento acerca do que é ser mulher negra na sociedade brasileira – e o quanto, para elas, essa partilha pode ter de pessoal e coletiva em muitos aspectos. Entre as mulheres que narram e discutem um pouco de suas trajetórias de vida estão as atrizes Dani Ornellas, Luana Xavier e Danielle Anatólio; as escritoras Stephanie Ribeiro, Carolina Rocha, Dandara Barbosa e Simone Ricco; e a educadora Camilla Ribeiro.

Artistas: Quézia Lopes, Naira Évine Soares, Pam Nogueira, Daiane Dias, Carol Coelho, Giulia Maria Reis, Danielle Anatólio, Thais Ayomide, Bárbara Assis, Flaviane Damasceno, Danielly Caetano.

Idealização e Curadoria: Quézia Lopes

Produção: Rossandra Leone

SOBRE QUEM FAZ –

Quézia Lopes | Facebook

É idealizadora e curadora da Mostra Cultural Multimeios “Corpos Invisíveis: entre a dor e a potência”. É Diretora, Roteirista e Produtora Audiovisual. Mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (PPGCine-UFF). Bacharela e licenciada em Cinema e Audiovisual pela mesma instituição (UFF). Bacharela em Comunicação Social (Relações Públicas) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Em 2018, esteve entre as finalistas na categoria de “Melhor Curta Metragem” do 12o Prêmio Fiesp/Sesi-SP de Cinema e TV; e, em 2019, foi uma das cinco finalistas brasileiras no Faciuni – Festival Acadêmico de Cine Universitário Internacional, além de estrear com obras nos Estados Unidos e Índia no mesmo ano. Também assina Roteiro, Direção e Produção Executiva do documentário homônimo em longa metragem, “Corpos Invisíveis”, sobre a invisibilidade e invisibilização social dos corpos negros femininos. Vencedora de dois prêmios, entre eles, o prêmio principal, no Diáspora Lab (2020), com o projeto de documentário em longa metragem “Um pouco de mim morreu quando você nasceu”; e no Cabíria – Festival e Prêmio de Roteiro (2020), com o mesmo projeto.

Outubro Filmes | Instagram

É uma produtora dirigida por Quézia Lopes, que é Diretora, Roteirista e Produtora. A empresa vem desenvolvendo longas, médias e curtas metragens, e prestando serviços nas áreas de Produção Executiva, Direção e Roteiro Audiovisual desde 2015. Para o final de 2021, prepara seu primeiro longa metragem autoral, o documentário Corpos Invisíveis, que está em fase de finalização – o projeto passou pela Clínica de Impacto do Nordeste Lab (2020) e recebeu consultorias de montagem com o PanLab de Montagem (2020). O documentário contou com patrocínio da Coca-Cola Brasil e Instituto Coca-Cola, tendo sido uma das propostas selecionadas pelo edital Negras Potências do Fundo Baobá e Benfeitoria para enfrentamento do racismo e machismo que atinge meninas e mulheres negras. O longa aborda a invisibilidade social dos corpos negros femininos, entremeando entrevistas com mulheres negras e performances artísticas e poéticas. A produtora tem outros dois longas metragens de ficção, com protagonismo negro e feminino, em desenvolvimento, intitulados Todas em mim (2º Visões Lab 2019 e Lab do Festival Ponte Nórdica 2019) e Estas sombras íntimas, tão minhas (1º Visões Lab 2018 e 3º Lab Negras Narrativas da APAN 2018) ; e o documentário sobre maternidade e autismo Um pouco de mim morreu quando você nasceu (vencedor de dois prêmios, entre eles, o prêmio principal, no Diáspora Lab 2020; e no Cabíria – Festival e Prêmio de Roteiro 2020).

SOBRE AS CONVIDADAS

Danielle Anatólio | Instagram

É atriz, mineira, mestra em Artes Cênicas e pesquisadora de performances negras femininas. É idealizadora do CORPAS e TACULAS – Fórum de Performances de Mulheres Negras, RJ/MG, terapeuta Reiki, numeróloga e facilitadora de círculos de mulheres, trabalhando o protagonismo da mulher e o cuidado do corpo como resistência feminina. Militante das causas raciais, atuou em diversos grupos e coordenou o GT de Mulheres Negras no Fórum de Performances Negras do RJ/2019. No cinema, participou de Corpos Invisíveis e Marielle, e da série Cinema de Enredo. Na Dança, tem formação pela Escola de Danças da Bahia – FUNCEB e participou do Curso de Danças Negras do Coletivo NegraAção/UFRJ.

Dandara Barbosa 

É co-idealizadora e organizadora do Wakanda in Madureira. Mãe e escritora. Através dos seus textos sobre raça e gordofobia vem trazendo uma outra perspectiva sobre autoestima e autorresponsabilidade de acordo com a espiritualidade africana.

Caroline Amanda Borges | Instagram

É mestranda em Filosofia PPGF-UFRJ. Educadora Menstrual, Terapeuta Sistêmica e Integrativa, e Consultora em Educação e Saúde Sexual. Fundadora da Yoni das Pretas, espaço virtual/presencial de acolhimento para mulheres e pessoas menstruantes. Inspirada pelo Afro Perspectivismo, como pesquisadora, tem atuado nas áreas das Humanidades, Comunicação e Direitos Humanos. Sua pesquisa central versa sobre Identidade, Família, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Saúde da População Negra, com ênfase na saúde das mulheres negras. Foi convidada pelo Programa Interdisciplinar de Gênero e Sexualidade da Tulane University para apresentar os resultados da sua pesquisa e atuação como Idealizadora e Terapeuta na Comunidade Virtual/Presencial Yoni Das Pretas. Seu último trabalho internacional, cujo título foi “Ontological assessments of African womans agency in Brazil”, foi apresentado na 31a Conferência Anual Internacional Cheikh Anta Diop, Filadélfia, PA 2019, através do Diopian Institute for Scholarly Advancement (DISA).

Sinara Rúbia | Instagram

É educadora, contadora de histórias, pesquisadora em Literatura Infantojuvenil Negra e Griôs, assessora especial de políticas antirracista na SMC do Rio, escritora e mestranda em Relações Étnico-Raciais pelo CEFET/Rio.

Simone Ricco | Instagram

Simone Ricco é Mestre em Letras – Área Literaturas Africanas de Língua Portuguesa/Uff – e professora da SME/Projeto Diálogos 8º CRE. Leciona a disciplina Literaturas Africanas em Pós-graduações no IPN/Sta Úrsula, UCAM e Uff/ Literatura Infanto Juvenil. Articuladora cultural atuante em práticas afirmativas e antirracistas. Como escritora, participa das antologias Vértice: escritas negras, Olhos de Azeviche 2, Respirar, a emergência é essa e Cadernos negros 43 – poemas (será lançado em 2021). No campo das afrovisualidades, integra a Coletiva Negras[fotos]grafias e a Coletiva Audiovisual Elekô, junto a qual co-criou o curta Elekô – vencedor do Festival 72 horas.

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE. 
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