Aclamada autora feminista negra, bell hooks morre aos 69 anos

Reconhecida internacionalmente, bell hooks era considerada um dos maiores nomes do feminismo negro do mundo

FONTEPor Fhoutine Marie, de Delas
A escritora e ativista americana bell hooks discursa no campus da Universidade de Wisconsin em Madison, nos EUA, em 1952 (Foto: Universidade de Wisconsin/Reprodução)

A escritora feminista negra bell hooks  morreu hoje (15), aos 69 anos. A intelectual norte-americana já estava doente há algum tempo e faleceu em sua casa, em Berea, cercada de parentes e amigos. A passagem de bell hooks foi divulgado por sua sobrinha Ebony Motley, em um comunicado à imprensa. 

Glória Jean Watkins (seu nome de registro) nasceu em 25 de Setembro de 1952, em Hopkinsville, Kentucky, quarta filha entre 7 irmãos. O nome “bell hooks” foi inspirado na sua bisavó materna, Bell Blair Hooks. A letra minúscula é um posicionamento pessoal da autora que busca dar enfoque ao conteúdo da sua escrita e não à sua pessoa.

Seu primeiro livro “E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo” foi publicado em 1981. Ao longo de sua carreira ela publicou mais de 40 livros, incluindo ensaios, poesia e livros infantis. Entre os temas tratados em sua obra destacam-se feminismo, racismo, cultura, papeis de gênero, amor e espiritualidade. 

Mestre em Língua Inglesa pela Universidade de Stanford e doutora em Literatura pela Universidade de Winsconsin, bell hooks chegou a frequentar escolas segregadas na infância. Em 2004, a autora retornou ao seu estado natal, Kentucky, para lecionar na Universidade de Berea. Em 2010, a instituição abriu o Instituto bell hooks, que abriga sua coleção de arte afro-americana, objetos pessoais e cópia de livros publicados em outros idiomas. O acervo já foi visitado por feministas históricas de jovens, como Gloria Steinem e Emma Watson.

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