Programa oferecerá mentoria às mulheres negras em diversas áreas: Gestão e Finanças, Marketing, RH, Jurídico, Vendas, Tecnologia e Precificação
Do Itf Orum365
Segundo o Instituto Locomotiva, os empreendedores negros movimentam cerca de R$ 219,3 bilhões no País. Buscando ultrapassar as barreiras sociais, econômicas e estruturais que impedem a mulher negra de crescer nesse contexto, a Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro) e o grupo Mulheres do Brasil uniram-se para dar vida ao projeto Afromentoring. O objetivo é potencializar não apenas a força da mulher negra como empreendedora, mas auxiliar a desenvolver a base da pirâmide de negócios a partir de um processo de mentoria focado no crescimento pessoal e profissional.
O programa oferecerá mentoria às mulheres negras em diversas áreas: Gestão e Finanças, Marketing, RH, Jurídico, Vendas, Tecnologia e Precificação. A metodologia contará com encontros presenciais entre as mentoras e as mentoradas, sessões de desenvolvimento pessoal e de negócios e ainda a Black Night, noite dedicada a pitch de negócios e celebração.
Durante a mentoria cerca de 26 afronegócios serão diretamente impactados. A ideia é de que essa seja uma ferramenta para que as empresárias conheçam melhor os desafios das suas empresas, buscando ajudar a alcançar objetivos, solucionar problemas e aprimorar negócios.
Os dados econômicos comprovam a importância de se investir na preparação das mulheres negras para que se tornem pessoas de maior sucesso e serem lideranças empresariais no país. A pesquisa “Os Donos de Negócios no Brasil: Análise por Raça/Cor (2003/2013), desenvolvida em 2015 pelo Sebrae, identificou que entre 2003 e 2013 o perfil de donos de negócios no país era de maioria declarada negra ou parda, sendo quase 12 milhões de pessoas. Contudo, apenas 31% do total de donos de negócios eram do gênero feminino.
Além de quebrar as barreiras do preconceito e do racismo, o programa quer estimular que as empreendedoras sigam buscando soluções e crescendo nos seus negócios. Elas serão acompanhadas por mentoras que possuem experiências em suas áreas e estão dispostas a contribuírem como facilitadoras do crescimento das mentoradas no mercado.
Segundo Mariana Ferreira dos Santos, criadora e cocoordenadora do Projeto, a importância do movimento precisa ser reforçada. “Ele movimenta a base da pirâmide socioeconômica brasileira através da aceleração de negócios de mulheres negras tendo como resultado uma maior equidade social no Brasil”, destaca ela.