Amada, eu sou preta! A consciência de uma negra por Eli Odara Theodoro

por Eli Odara Theodoro

  • Se o muro que me impede de avançar é o racismo vou derrubar com minha consciência negra.
  • O que me mobiliza é saber quem sou, e as possibilidades ilimitadas de avanços enquanto ser humano consciente.
  • Não consigo silenciar meu olhar, das chagas de uma sociedade desigual.
  • Minha herança, são meus pertencimentos, minha ancestralidade, ainda subjulgada, mas em min sobrevivente, por minha consciência negra, sou resiliente.
  • O despertar da consciência é sentimento de pertencimento de uma identidade, que nos completa.
  • AMADA EU SOU PRETA!

Ainda outro dia… Uma pessoa me perguntou… Eli! Onde ficam escondidos, estes pretos e pretas bonitos (de ver, mas eu não me vestiria assim, nem colocaria meu cabelo deste jeito!!!), que desfilam no bloco Ilê Aiyê? Não os vejo, em nosso dia-a-dia?

Respondi – Em seu pré conceito…Amada, em seu pré conceito… É preciso que reveja seus conceitos e assim, os verá… Os pretos! Que você não vê, nas ruas, da sua cidade natal, que transpira essência ancestral de uma matriz africana, esta também no que você vê refletindo a frente de seu espelho (se não conhece sua história, não sabe quem és);

Em como você me vê (por amigos! quase não se tem preconceito…enquanto não nos dizem a verdade); nas crianças que brincam na rua (os pivetes), em que você mora (mora em um bairro de periferia), e vão a escola; no cidadão que chega do trabalho (o peão, marmitéiro), e toda sua família (o pessoal da laje, ou do bar); na dona de casa, que vai ao mercado (a que, se vira para comprar tudo, que esta precisando em casa , com o pouco que tem em $… a guerreira); na mãe solteira (as novinhas e outras), seus filhos ( os moleques); nos adolescentes da periferia, que são mortos a todo instante (todos trabalhando ou não marginais e usuário. ..lembra?); nos moradores de rua (sem assistência e já sem resistência se entregaram); nos trabalhadores de modo geral (que o empresariado capitalista exploram); no estudante ( que enfrenta diariamente uma batalha com um sistema educacional publico, visando ter seu direito a educação e ter, o reconhecimento por parte da população e do poder publico, de que ainda é necessário uma reparação, através de cotas para o acesso a faculdade publica ); no empresário no esportista (os que contornaram e acharam uma brecha de oportunidade no bloqueio); somos todos nos(Brasileiros e Brasileiras); os nascidos nesta diáspora inegavelmente afro descendente…Mas que eu tantos outros respeitamos legalmente e humanamente, o direito de todos, optarem pela etnia, que lhe cabe dentro da ótica dos seus próprios conceitos, limitativos de conhecimento da sua historia e consciência de quem és…Infelizmente ou felizmente esta pessoa hoje me evita…mas estou aqui seguindo pretamente e felizmente meu caminho de preta..Eli Odara Theodoro

  • No palco da vida apresento a força da fé, e a coragem de uma resistência ancestral que se mantém por consciência identitária
  • É com pura elegância que sou resistência…Mas é preciso “cabeça” pra sustentar tanta imponência.
  • Adotar uma estética e uma postura de pertencimento identitário, expõe uma consciência de resistência.
  • Minha consciência é armadura, nas batalhas incansavelmente travadas contra o racismo.

 

Fonte: UOL

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