Ao tentar voltar para casa, rapaz é agredido por taxista e suspeita de racismo 

O auxiliar de limpeza, Fábio Eduardo Camargo, acredita que foi vítima de racismo e após ser atendido no posto de saúde procurou a polícia para registrar queixa.

Depois de sair de lanchonete com a amiga, um homem de 36 anos tentou pegar um táxi próximo ao trevo Imbirussú, mas foi agredido pelo taxista que recusou a corrida. O auxiliar de limpeza, Fábio Eduardo Camargo, acredita que foi vítima de racismo e após ser atendido no posto de saúde procurou a polícia para registrar queixa.

Segundo Fábio, o taxista recusou a corrida fazendo sinal de negativo com a mão. Indignado, o rapaz ligou para a central e reclamou que o taxista não quis atendê-lo. Em seguida, relata Fábio, o taxista começou as agressões e até o derrubou no chão.

“Ele dizia para todo mundo que eu queria roubá-lo. Pegou no meu pescoço, olhava para os lados e ia me matar. Foi chegando mais gente e fiquei com medo de ser linchado, porque ele dizia que eu era ladrão”, contou o rapaz ao aguardar atendimento da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga.

Fábio disse que queria pegar o táxi para levar a amiga em casa, pois ela estava “um pouco embriagada”. Com a confusão, a amiga pegou um mototáxi e Fábio seguiu de ônibus para o posto de saúde do Bairro Guanandi, de onde seguiu para a delegacia com a identificação placa do táxi em mãos. “Acho que ele fez isso pela minha cor”, disse.

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