Um homem mata uma mulher porque não consegue aceitar o fim do relacionamento. A mídia chama de crime passional e a justiça se utiliza de mil maneiras para que o crime não seja enquadrado em feminicídio. Mas nem sempre as coisas acontecem assim – ainda bem!
por Odda no
Alexsandro Teixeira de Lima, denunciado pelo Ministério Público em abril por ter matado a ex-companheira, Edileusa Araújo de Jesus, porque não aceitava o término do relacionamento, foi condenado na última sexta-feira (2/9) pelo júri popular, apenas cinco meses depois do crime.
O julgamento foi o mais rápido da história de Barueri (SP), o primeiro júri popular de feminicídio realizado no município e realizado 100% de maneira digital.
A condenação foi de 29 anos e 4 meses de reclusão pelo crime de feminicídio, 5 anos de reclusão e 17 dias-multa por um crime conexo de roubo – após matar a companheira, ele usou a mesma faca para roubar uma moto – , totalizando 36 anos de reclusão em regime fechado e 17 dias-multa.
A justiça pode ser rápida e esse exemplo poderia inspirar outras cidades do país.