Barbados se despede de rainha Elizabeth e dá a Rihanna título de heroína

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Rihanna foi nomeada heroína nacional de Barbados durante uma cerimônia que marcou o rompimento da ilha do Caribe com a monarquia britânica após cerca de 400 anos.

Barbados se tornou oficialmente uma república ontem à noite, em uma cerimônia na qual a rainha Elizabeth II deixou de ser a chefe de Estado da ilha.

A cantora e empresária foi parabenizada pela primeira-ministra Mia Mottley, que fez até uma referência à música “Diamonds” em seu discurso.

Que você continue a brilhar como um diamante e honrar sua nação por meio de seus trabalhos, de suas ações. 

DISSE MOTTLEY

Rihanna nasceu em Saint Michael, em Barbados, e cresceu na cidade de Bridgetown antes de se mudar para os Estados Unidos. Com o evento realizado ontem também em Bridgetown, o país se tornou uma república.

A cerimônia ocorreu na presença do príncipe Charles e marcou a posse de Sandra Mason, até então governadora-geral de Barbados, como primeira presidente na história da ilha caribenha.

“A República de Barbados zarpou para sua viagem inaugural”, declarou Mason em seu discurso de posse, reconhecendo o mundo “complexo, fraturado e turbulento” em que o país precisará navegar.

“Nossa nação precisa sonhar sonhos grandes e lutar para realizá-los”, acrescentou. A proclamação da república encerra quatro séculos de submissão ao trono britânico, incluindo mais de 200 anos de escravidão, abolida apenas em 1834.

“Desde os dias mais sombrios de nosso passado e a terrível atrocidade da escravidão, que mancha nossa história para sempre, o povo dessa ilha forjou seu caminho com extraordinária firmeza”, reconheceu Charles.

Com cerca de 280 mil habitantes, Barbados vive sobretudo do turismo, setor duramente afetado pela pandemia de covid-19 e que depende dos visitantes britânicos.

No entanto, ativistas de movimentos negros acreditam que a proclamação da república é um primeiro passo para obter reparações financeiras pelos mais de dois séculos de escravidão, período que moldou as profundas desigualdades vistas no país atualmente.

*Com informações da AFP e Ansa

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