Boxeador marroquino é preso por estuprar camareiras na Vila Olímpica

O boxeador marroquino Hassan Saada, foi preso nesta sexta-feira (5) pela Polícia Civil dentro da Vila Olímpica, após estuprar duas camareiras que trabalhavam no local.

Do Brasil Post

Saada teria tentado beijar duas camareiras, usando sua força para impedir que elas reagissem, segundo informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Sua prisão temporária de 15 dias, por assédio sexual, foi decretada nesta quinta-feira (4) pela juíza Larissa Nunes Saly, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Tribunal de Justiça. Ele deve ser transferido ainda hoje para um presídio, onde ficará em cela comum, porque não tem curso superior.

Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, sua prisão foi decretada porque Saada é um atleta estrangeiro, que não tem residência fixa no país, o que aumenta o risco que ele saia do Brasil sem ser devidamente punido. Ele integra a delegação do Marrocos que participará da Olimpíada.

Segundo a Justiça, as camareiras relataram que elas estavam trabalhando na limpeza da ala do Marrocos na Vila Olímpica, quando Saada pediu para fazer uma foto com elas.

Em seguida, na versão das mulheres, ele tentou beijar uma delas, usando sua força para impedir que ela se desvencilhasse. Logo depois, ele tentou fazer a mesma coisa com a outra funcionária.

Segundo o Estadão, o boxeador também apertou os seios de uma das mulheres, “e, com um movimento com as mãos, pedido para que ela o masturbasse, em troca de dinheiro.”

De acordo com o G1, outros atletas testemunharam o estupro.

O caso ocorreu na última quarta-feira (3). De acordo com informações do Globo, a credencial do atleta para participar dos jogos foi apreendida pela polícia, e ele não confessou o crime. Ele faria sua estreia nos jogos no sábado (6), em uma luta contra o turco Mehmet NadirIdade Unal.

“A gente espera que sirva de exemplo. Para nós, mulheres, é um desrespeito muito grande. Independente da cultura, a lei é o que vale. Pode andar com mais roupa, menos roupa. Há alguns boatos de que houve outros casos na Vila Olímpica”, disse a delegada Carolina Salomão ao portal de notícias G1.

O Comitê Organizador Rio 2016 informou que está ciente do caso e vai colaborar com a investigação policial.

 

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