O Brasil será o destino da primeira viagem oficial da lenda do basquetebol norte-americano Kareem Abdul-Jabbar após ter sido nomeado embaixador cultural dos EUA, na quarta-feira, pela secretária de Estado Hillary Clinton.
Melhor marcador de todos os tempos, a estrela da NBA começa no domingo uma visita oficial ao Brasil, onde irá participar em diversos eventos centrados na Educação. Irá também promover algumas clínicas de basquetebol para jovens no Rio de Janeiro, cidade que em 2016 acolhe os Jogos Olímpicos.
“Estou ansioso por me encontrar com jovens de todo o mundo e discutir formas de reforçar a nossa compreensão mútua através da educação, do desporto e de uma maior tolerância cultural”, disse a antiga estrela dos Milwaukee Bucks e dos Los Angeles Lakers, seis vezes campeão da NBA.
Aos 64 anos, Kareem Abdul-Jabbar, que se chamava Ferdinand Lewis Alcindor antes de se converter ao Islão, recordou que um dos seus heróis, o músico de jazz Louis Armstrong, foi também embaixador cultural para o Presidente John F. Kennedy. “É bom seguir as suas pisadas”, confessou.
O novo embaixador cultural tem como missão promover a educação, a tolerância social e racial, a compreensão cultural e a utilização do desporto como forma de reforço das comunidades.
A sua nomeação foi anunciada na quarta-feira pelo Departamento de Estado norte-americano e a secretária de estado adjunta para a Educação e a Cultura, Ann Stock, explicou que Abdul-Jabbar irá viajar pelo mundo para envolver uma geração de jovens na promoção da diplomacia.
Desde que se retirou do basquetebol, em 1989, Abdul-Jabbar envolveu-se em projetos focados na história afro-americana e na justiça socioeconómica. Lançou a Fundação Skyhook, que visa melhorar a vida das crianças através da educação e do desporto.
No ano passado recebeu a Medalha Lincoln pela sua dedicação à educação, compreensão e igualdade e pelos seus contributos para seguir o legado do Presidente Lincoln.
Já este mês lançou o livro “What Color Is My World?: The Lost History of African-American Inventors” (“De que cor é o meu mundo?: A história perdida dos inventores afro-americanos”) e contou à imprensa que Hillary Clinton lhe disse: “No Brasil ficariam chocados ao saber que os americanos negros estiveram tão envolvidos na invenção de tantos objetos que usamos hoje em dia”.
Fonte: Sapo