Brasil ocupa 6º lugar em avaliação sobre disparidade salarial entre gêneros

O Brasil tem uma das maiores diferenças entre salários de homens e mulheres com o mesmo nível de formação analisadas no relatório Education at a Glance 2015: Panorama da Educação, lançado mundialmente hoje (24). A renda média de uma mulher com educação superior no país representa cerca de 62% da renda média de um homem com o mesmo nível de escolaridade. Com o resultado, o Brasil aparece em sexto lugar na avaliação dessa disparidade, dentre os países que disponibilizaram dados.

no Agência Brasil

Education at a Glance 2015: Panorama da Educação é a principal fonte de informações comparáveis sobre a educação ao redor do mundo. A publicação oferece dados sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de sistemas educacionais de 46 países: 34 deles são membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), alguns países parceiros, além dos membros do Grupo dos 20 (G20).

A publicação mostra que, no Brasil, 72% de homens com ensino superior ganham mais que duas vezes a média da renda nacional. Entre as mulheres isso ocorre com 51% das que têm ensino superior. “A desigualdade de renda entre gêneros é igualmente grande entre homens e mulheres cujo nível mais alto de escolaridade é o ensino médio regular ou a educação profissional”, acrescenta o texto.

Uma tabela referente a pessoas com idades entre 35 e 44 anos com educação terciária, que inclui tanto formação acadêmica quanto educação técnica de nível médio, mostra o Brasil com a sexta maior diferença nas remunarações. O salário das mulheres representa cerca de 65% do dos homens com a mesma formação e faixa etária.

A disparidade salarial é ainda maior na Coreia, Eslováquia, Estônia, em Israel e também na Hungria, onde as mulheres ganham pouco menos de 60% do salário dos homens. No ranking, quanto maior a disparidade, mais alta a colocação. Já o país com a menor diferença salarial entre os gêneros é a Bélgica, onde os salários das mulheres representam cerca de 87% do dos homens com a mesma formação.

No Brasil, as mulheres também são maioria entre os que não estudam nem trabalham, grupo conhecico como nem-nem. Em 2014, 27,9% das mulheres de 15 a 29 anos estavam nessa situação, enquanto 12,7% dos homens estavam no grupo. As médias da OCDE são respectivamente 17,9% e 13,2%.

A OCDE é uma organização internacional composta por economias com elevados PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano e são considerados países desenvolvidos. Os representantes do grupo promovem o intercâmbio de informações e alinham políticas, com o objetivo de potencializar seu crescimento econômico e colaborar com o desenvolvimento de todos os demais países membros.

+ sobre o tema

Alyne morreu e o Estado continua omisso

Em 16 novembro de 2002, morreu Alyne da Silva...

Alerta: o Enem está em risco!

Enquanto o Ministério da Educação segue na bravata de...

Homens que não amam as mulheres

A violência contra mulheres, problema social endêmico no Brasil,...

Após vazamento de provas, MEC reformula Encceja e garante o exame

Dois servidores do Inep acabaram demitidos. Número de inscritos...

para lembrar

Delegado exonerado por insultar mulheres é alvo de nova acusação

Poucos dias após Pedro Paulo Pontes Pinho ter criticado...

No mês da Consciência Negra, escolas de Sorocaba promovem ações sobre o tema

Apresentações de teatro e dança, confecção de instrumentos musicais...

Mensagem do presidente da Fundação Palmares ao Dia da Mulher

Hoje, 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da...

“As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”, diz ministro da educação

Em entrevista ao Valor, Vélez Rodríguez defende o ensino...
spot_imgspot_img

Vai prestar Fuvest? USP tem aulas abertas e gratuitas sobre as obras literárias

Se você vai prestar as provas da Fuvest, a fundação responsável pelo vestibular da USP, sabe que a preparação para o exame inclui a leitura...

Com Rede Malala, Nobel da Paz pede que governo brasileiro ouça meninas e sociedade civil

A mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, realizou uma visita de uma semana ao Brasil para se encontrar com integrantes...

Unicamp 2024: prazo para pedir isenção em taxa do vestibular termina nesta segunda

A Unicamp encerra nesta segunda-feira (5) o prazo para pedido de isenção na taxa de inscrição do Vestibular 2024, nas seleções tradicional e para vagas onde o...
-+=