O Brasil bateu recorde na criação de empregos nos primeiros sete primeiros meses do ano (janeiro a julho) com a geração de 1.655.116 vagas com carteira assinada, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho.
Apesar do resultado, em julho foram abertas 181.796 vagas com carteira assinada no país, número inferior ao registrado em junho – criação de 212.952 vagas. Essa foi a 3ª queda consecutiva mensal, mas o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não acredita que as duas quedas seguidas sejam sinal de desaceleração.
– Houve uma acomodação nesses dois meses, mas acredito em recordes sucessivos a partir de agora, nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro.
Para Lupi, o resultado ainda mantém a meta de criação de 2,5 milhões de empregos neste ano. No mês passado, 1,398 milhão de pessoas foram admitidas e 1,259 milhão foram demitidas.
O desempenho, de acordo com o ministério, ocorreu graças a um bom desempenho em todos os setores da economia, com recorde em três setores: serviços (61.606 empregos, alta de 0,45%); indústria da transformação (41.530 novas vagas, alta de 0,53%) e Construção Civil (38.382 novas vagas, alta de 1,54%).
A recuperação brasileira da crise financeira mundial e o alto ritmo de crescimento econômico brasileiro no primeiro semestre são os principais motivos para a elevação das contratações com carteira assinada. Em 2009, apesar da crise, o país teve criação de quase 1 milhão de empregos.
Regiões
Em julho, o Sul do país registrou saldo recorde na geração de empregos, com 27.586 novas vagas, puxada principalmente pelo bom desempenho do emprego na região metropolitana de Porto Alegre, nos setores da indústria, serviços e comércio.
O segundo melhor resultado foi do Nordeste, com 40.675 novas vagas. Já em números absolutos, o melhor desempenho foi da região Sudeste, com 90.905 novos empregos. Importante lembrar que o Sudeste é também a região mais populosa.
Fonte: R7