Campanha ‘Jovem Negro Vivo’, da Anistia Internacional é lançada em Belém

“O Brasil é o país onde mais se mata no mundo em números absolutos, são cerca de 60 mil por ano”, diz Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.

Do G1

Nesta terça-feira (23), a Anistia Internacional e parceiros locais lançam a campanha “Jovem Negro Vivo”, em Belém. Um debate será promovido no auditório da Universidade Estadual do Pará, campus Djalma, às 18h.

A Anistia Internacional juntamente com a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Cedeca/Emaús, Cedenpa, Dhavida e Unipop se uniram para buscar valorizar o protagonismo dos jovens em defesa dos seus direitos, a fim de sensibilizar mais pessoas sobre o principal perfil da vítima de homicídios no país.

“O Brasil é o país onde mais se mata no mundo em números absolutos, são cerca de 60 mil por ano. Trazer a campanha para Belém é ampliar a mobilização em torno de um tema que faz parte da realidade diária de quem vive nos territórios de periferia: o assassinato de seus jovens. Nossos parceiros locais já trabalham com este tema há anos e agregam muito ao acrescentar sua expertise sobre a realidade local. Juntos podemos fazer mais”, afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.

A campanha mobiliza a sociedade para assinar o manifesto “Queremos ver os jovens vivos”, que defende o direito a uma vida livre de violência e preconceito. E ainda pede políticas públicas de segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana.

Programação
Debate é realiza no auditório da UEPA, localizada na travessa Djalma Dutra, s/n.
18h15: Apresentação Cultural – Layssa Cristine conhecida como “Nega Ysa Mulher Negra”, cresceu no Candomblé, tem 22 anos e atua como atriz, rapper e faz apresentações de dança Afro.

18h45: Mesa de debate “Jovem Negro Vivo” com Anistia Internacional, CEDENPA, DHAVIDA, familiar de vítima da chacina de Belém e Unipop.

19h45: Apresentação – David Silva, familiar vítima da violência da chacina de Belém, apresenta sua música autoral composta em homenagem às vítimas de violência da cidade de Belém.

19h50: Apresentação – Moraes MC – Grupo TQSS – Apresentação de rap da cena periférica de Belém.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...