Campanha Vacine-se contra o Racismo e a Lesbofobia fez a diferença na Rio+20

O “Posto de Vacinação” da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) funcionou a todo vapor durante a Cúpula dos Povos na Rio+20, realizada em junho no Rio de Janeiro. Foram distribuídos cinco mil folders e adesivos com a proposta de “vacinar” a população contra o racismo, a lesbofobia e a economia verde.

A campanha ficou sob o comando de Nilma Bentes, da coordenação da AMNB e do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (CEDENPA), e de Maria Luiza Nunes, também coordenadora do CEDENPA. De acordo com Maria Luiza, a principal mensagem da ação foi afirmar que qualquer pessoa pode parar de ser racista: “Foi uma campanha de vacinação pólio, pois todos e todas podiam se vacinar contra várias temáticas racistas e preconceituosas que podem, simultaneamente, adoecer o ser humano”, informou.

A ideia de criar um “Posto de Vacinação” durante a Cúpula dos Povos partiu das organizações de mulheres negras da região norte do país. “Há uma invisibilidade grande da população negra no norte. A AMNB levou esta campanha para dizer que o racismo afeta igualmente todo o país, impacta a população negra e, preferencialmente, as mulheres negras. De forma não apelativa, a AMNB deu o seu recado”, disse Maria Luiza.

Segundo ela, a ação foi um sucesso. “As pessoas nos procuravam pedindo para levar o nosso material. Agora estamos pensando em usar esta ideia e fazer adesivos para carros também”, concluiu.

 

 

Fonte: Cedenpa

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