Capitolina e o poder das garotas

Esqueça as dicas quentes sobre como conquistar garotos ou as regras de roupas e maquiagens para impressionar rapazes; na revista adolescente Capitolina, os assuntos são importantes e fazem real diferença na vida das garotas. Matérias sobre sexualidade sem tabus, conteúdo sem machismo e discussões sobre relacionamentos abusivos dividem o espaço com colunas sobre jogos, cinema e moda para todos os tipos de corpos. E o sucesso é tão grande que se transformou em livro!

Por Jarid Arraes, do Questões de Gênero 

capitolina1-300x225
Algumas das autoras no lançamento na Bienal do Livro do Rio de Janeiro (Imagem: Reprodução / Facebook)

Em seu primeiro volume, “Capitolina – O poder das garotas” traz muitos textos que devem ser lidos não somente por meninas adolescentes, mas também por seus pais e responsáveis, amigos e por toda a família. Nele, questões como identidade de gênero e racismo são abordadas de maneira didática, entre páginas onde as leitoras são estimuladas a colorir, escrever e também exercer a própria criatividade.

Além do conteúdo relevante, o livro da Capitolina chama atenção pela diversidade de jovens que assinam os textos e ilustrações. Garotas de idades e contextos diferentes e de várias regiões do país se juntam para produzir um livro que não subestima a inteligência das adolescentes e nem ensina que a vida de uma garota deve girar em torno do gênero masculino. Ao contrario: quem lê Capitolina sai com a certeza de que seu valor e lugar no mundo jamais devem estar condicionados à aprovação dos outros.

O Feminismo também vem de forma acessível, aproveitando a onda de espaço que tem sido aberto na mídia, mas não deixando que a complexidade dos temas se perca. O livro é uma boa alternativa para introduzir a luta organizada e coletiva das mulheres em aulas e rodas de conversa. Para os pais, uma importante oportunidade de ensinar a suas filhas que garotas podem ser e fazer tudo o que quiserem e que é possível identificar e combater o machismo e a violência.

Acima de tudo, o livro, assim como o site, traz um exercício de companheirismo e apoio mútuo entre garotas. Sem competições, clichês ou estereótipos sobre meninas. A mensagem principal é evidente: juntas, garotas e mulheres podem transformar suas vidas e também o mundo – algo que toda adolescente merece ler!

+ sobre o tema

A Consulesa Alexandra Loras convida para um Coaching de Empoderamento para Mulheres Negras

A Consulesa Alexandra Loras convida para um Coaching de...

Alice Portugal: Leci Brandão é um exemplo para as brasileiras

Em discurso durante a sessão especial A Mulher e...

Cartaz de adoção gay usa imagem de Jesus Cristo e causa polêmica em Portugal

Com a frase "Jesus também tinha dois pais", a...

Com adesão de celebridades, feminismo entra no vocabulário pop

Defesa dos direitos das mulheres invade indústria do entretenimento...

para lembrar

Medieval, absurda e inconstitucional: sobre a decisão que permitiu a “cura gay”

Em decisão liminar, o juiz Waldemar Claudio de Carvalho, da...

Militantes defendem a criminalização da homofobia durante conferência nacional

Por um país livre da Pobreza e da discriminação...

Analista que defende pedofilia e assassinato de gays é preso em Curitiba

Polícia Federal prende analista que defende estupro de mulheres,...
spot_imgspot_img

Disparidade salarial cresce, e mulheres ganham 20,7% menos do que homens no Brasil

A disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil aumentou no período de um ano, e mulheres receberam, em média, 20,7% menos do que...

Mulheres Negras: Encruzilhadas de Raça e Gênero

Encontro "Mulheres Negras: Encruzilhadas de Raça e Gênero" com Sueli Carneiro e Neon Cunha acontece amanhã, 19h on-line Sueli Carneiro e Neon Cunha, referências no...

Selo dos Correios celebra Luiza Bairros, ex-ministra e ativista negra

Os Correios e o Ministério da Igualdade Racial lançam nesta terça-feira (17) um selo em homenagem à socióloga gaúcha Luiza Bairros, ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção...
-+=