Caso Marielle: Dino abre inquérito da PF para investigar assassinatos de vereadora e motorista

Enviado por / FontePor Wellington Hanna, no g1

Objetivo da medida, segundo ministro da Justiça, é 'ampliar a colaboração federal' nas investigações. Passados quase 5 anos do crime, mandantes e motivações não foram identificados.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de um inquérito da Polícia Federal para “ampliar a colaboração federal” nas investigações sobre a organização criminosa que assassinou a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.

Marielle e Anderson foram executados em março de 2018. Passados quase 5 anos do crime, os mandantes e as motivações não foram identificados.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos de Marielle e de Anderson. Os dois estão presos.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu Dino em uma rede social nesta quarta-feira (22).

TV Globo apurou que a abertura do inquérito não significa uma federalização do caso, mas um apoio da PF às investigações que correm no Rio de Janeiro.

Segundo portaria divulgada pelo ministro da Justiça, o delegado Guilhermo Catramby vai conduzir o inquérito na Polícia Federal.

Na semana passada, Flávio Dino já havia anunciado que a PF apoiaria as investigações sobre as mortes de Marielle e Anderson.

Segundo o ministro, foi costurado um acordo entre Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro para que haja cooperação entre os órgãos na investigação.

Quando assumiu o cargo de ministro da Justiça, Flávio Dino afirmou que era “questão de honra” desvendar o caso.

Desde o crime em 2018, houve várias trocas no comando das investigações. Três grupos diferentes de promotores ficaram à frente do caso no Ministério Público do Rio de Janeiro. Na Polícia Civil, cinco delegados já estiveram na chefia das apurações. Houve, inclusive, um debate sobre federalização da investigação, que não avançou.

+ sobre o tema

Mídia e diversidade sob a ótica de três mulheres negras

A Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do...

ONU Mulheres critica violência de gênero na Copa 2018

ONU Mulheres emitiu nesta sexta-feira (22) uma nota pública...

Uma “entrevista” com Florbela Espanca. Por Camila Nogueira

A portuguesa Florbela Espanca (1894 – 1930) foi uma...

para lembrar

Ana Flávia Ramos: Mulher no comando é “mandona”; se for homem, é “firme”

As dores de Temer por Ana Flávia Ramos, do Viomundo  Entre...

Do riso que não compartilho: Blackface, racismo, humor e minorias sociais

Usei alisantes, progressivas e relaxantes durante muito e num...

A ‘amefricanidade’ da ativista Lélia Gonzalez contada em belo livro biográfico

Quando Lélia Gonzalez morreu, em 1994, há 30 anos, o movimento...
spot_imgspot_img

Mulheres Negras se mobilizam para 2ª Marcha por Reparação e Bem Viver

No dia 25 de novembro de 2025, mulheres negras de todo o país estarão em Brasília para a 2ª Marcha das Mulheres Negras por...

Carolina Maria de Jesus: conheça a escritora que pode se tornar a nova heroína da Pátria

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que inscreve o nome da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977) no Livro dos Heróis e...

ONG Criola lança iniciativa pioneira para combate ao racismo no atendimento às mulheres negras no sistema público de saúde 

Mulheres negras de dez municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro ganham uma nova ferramenta de combate ao racismo no sistema público de...
-+=