Caso Môa do Katendê: Júri condena Paulo Sergio Ferreira a 22 anos e 1 mês de reclusão

Paulo Sergio Ferreira de Sant’ana foi condenado nesta quinta-feira (21) a 22 anos e 1 mês de prisão por homicídio doloso contra mestre Môa do Katendê e por tentativa de homicídio por motivo fútil pela facada em Germinio do Amor Divino, irmão de Môa. O crime aconteceu em outubro do ano passado (lembre o caso aqui). O júri popular aconteceu no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

Por Mauricio Leiro, Matheus Caldas, Jade Coelho do Bahia Notícias

Foto: Marina Silva/Correio

Paulo Sergio Ferreira de Sant’ana foi condenado nesta quinta-feira (21) a 22 anos e 1 mês de prisão por homicídio doloso contra mestre Môa do Katendê e por tentativa de homicídio por motivo fútil pela facada em Germinio do Amor Divino, irmão de Môa do Katendê. O crime aconteceu em outubro do ano passado (lembre o caso aqui). O júri popular aconteceu no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

A sessão durou cerca de 10 horas, com falas da promotoria e da defesa. Os advogados da acusação argumentaram que testemunhas relataram que Paulo Sérgio “saiu calmamente” do bar em que o crime aconteceu, o que provaria que houve premeditação (veja aqui).

A defesa chegou a comparar o caso ao da médica Kátia Vargas, acusada de duplo homicídio dos irmãos Emanuel e Emanuelle, que foi considerada inocente pelo júri popular, em dezembro de 2017. “Vamos apagar os holofotes da imprensa e vamos aos fatos. Como o caso Kátia Vargas, que entrou aqui condenada pela mídia. Tomem como exemplo o júri do caso dela”, disseram os advogados (leia aqui).

O acusado já cumpria prisão preventiva e agora seguirá preso.

O réu esteve durante todo o julgamento de cabeça baixa sem apresentar nenhuma reação. O fato foi citado pela acusação como prova de não haver nem sequer arrependimento.

O capoeirista de 63 anos foi assassinado com 12 golpes de faca, na madrugada do dia 8 de outubro de 2018, horas após a realização do primeiro turno das eleições. Diante disso, o inquérito concluído pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que o assassinato foi motivado por uma discussão política-partidária — Santana e Moa brigaram em um bar, na comunidade do Dique Pequeno, em Salvador, antes do primeiro cometer o crime.

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