Cerca de 50 mil mulheres morrem por aborto clandestino ao ano

Grupos lutam para que ONU reconheça dia internacional dedicado ao aborto seguro

 Da MARIE CLAIRE

Tentando mudar esse triste cenário mais de 1.800 associações de 115 países escreveram no último mês uma carta de apelo para Ban Ki-Moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, pedindo que 28 de setembro fosse declarado um Dia Internacional do Aborto Seguro. Em paralelo ao pedido, grupos se manifestaram contra o pedido.

Engana-se quem pensa que os contrários à data pela luta a favor da legalização do aborto faziam parte de países mais pobres. Listas de petições para que a ONU não reconhecesse o dia foram feitas inclusive por países desenvolvidos da Europa. Até a ministra da saúde da Itália Beatrice Lorenzin aderiu a campanha One of Us (Um de Nós), em defesa dos direitos dos fetos e embriões, que em pouco tempo recolheu 1 milhão e 800 mil assinaturas.

Na Itália, onde desde 1978 o aborto é legalizado, muitas mulheres encontram ainda hoje dificuldades para poder fazer o procedimento por conta dos 91% ginecologistas, obstetras, anestesistas e equipe de saúde que se negam a fazer a interrupção da gravidez mesmo ela sendo prevista em lei.

Considerado ilegal na Polônia com exceção em casos de risco de vida, estupro e incesto, o aborto tem sido um tema muito debatido no país, onde um projeto de lei tentou proibir a interrupção da gravidez também em casos especiais. Devido aos protestos, o governo polonês recuou e decidiu não mudar a lei por enquanto. “Em matéria de direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, a Europa é um exemplo a não ser seguido”, disse Silvana Agatone, da Laiga, uma associação a favor do aborto.

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