Chamado de ‘macaco’ pela torcida, Wallace sofre racismo na Superliga de volei

Atleta da Seleção sofre racismo em jogo da Superliga

O Vivo/Minas obteve uma importante vitória por 3 sets a 2, de virada, sobre o Sada Cruzeiro na noite desta quarta-feira, em Belo Horizonte (MG), pela Superliga Masculina de vôlei. Mas o triunfo ficou em segundo plano. O que sobressaiu foram os insultos raciais ao oposto Wallace, do Cruzeiro e da Seleção Brasileira.

Após um ponto do atleta, torcedores teriam se dirigido ao jogador com ofensas racistas, chamando-o de “macaco”. Depois da partida, o oposto preferiu não tecer comentários, mas foi perceptível sua queda de rendimento após as ofensas.

“É muito revoltante escutar uma coisa dessas, não dá para aceitar. Foi até melhor eu não ter conseguido ver a pessoa, pois eu podia ter perdido a cabeça na hora. Isso me tirou um pouco do jogo”, disse Wallace ao site oficial de sua equipe.

O Cruzeiro pediu para que o fato fosse registrado no relatório do jogo e levado para análise da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Não foi a primeira vez que a Superliga viu um comportamento discriminatório vindo da arquibancada. Na edição passada do torneio, houve muita polêmica com o caso de homofobia que envolveu Michael, central do Vôlei Futuro. Em jogo contra o próprio Sada Cruzeiro, em Contagem (MG), torcedores locais chamaram veementemente o jogador de “bicha”. O Vôlei Futuro levou o caso à Justiça Desportiva, mas o Cruzeiro não foi punido.

 

 

Fonte: Terra

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