Ciro diz que é candidato a presidente e não a vice

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou a afirmar que não abrirá mão da disputa pelo Palácio do Planalto neste ano mesmo se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convidar para ser vice na chapa da ministra petista Dima Rousseff (Casa Civil). “Sou candidato a presidente, não a vice”, disse, em entrevista à TV Brasil.

 

Ciro afirmou também que o ex-ministro José Dirceu continua atuando nos bastidores das próximas eleições e que tem ameaçado alguns governadores –entre eles, seu irmão Cid Gomes (PSB), do Ceará– caso não apoiem a candidatura de Dilma. Ele ainda criticou a forma como o PT trata seus aliados. José Dirceu e PT não quiseram comentar as afirmações de Ciro Gomes.

 

Durante quase uma hora de entrevista, Ciro criticou tucanos e petistas e apresentou as mudanças que faria, caso fosse eleito, principalmente na condução da economia.

 

“Sou um aliado do PT. Agora, sou um aliado que exige respeito. O PT está acostumado a tratar seus aliados como se fossem seus empregados e a destratá-los, como faz com o PC do B”, disse Ciro.

 

“Dirceu não está fora [do jogo político]. Ele foi visitar o governador do Ceará e disse com toda a delicadeza que se o irmão dele fosse candidato a presidente do Brasil, ia fazer o PT ir contra a ele no Ceará. [Dirceu] Teve ainda o desplante de fazer a mesma coisa com o Eduardo Campos [PSB] em Pernambuco”, afirmou.

 

Ciro disse que o PT teme que Dilma seja ultrapassada por ele, no decorrer da campanha. “Eu tento dizer aos companheiros do PT que se o Lula, com a força legítima e a popularidade extraordinária e merecida que tem, não tiver segurança de que a Dilma ganha as eleições de mim, que estou trabalhando apenas com as unhas, é porque ela vai perder para o Serra. E aí será uma tragédia. O Brasil vai voltar aos anos do FHC.”

 

A utilização da mídia, pelo PSDB, para atingir a candidatura de Dilma também foi enfaticamente citada pelo pré-candidato durante o programa. “Isso já começou. Vocês vão ver na grande mídia. Vai ser uma pancada por semana na Dilma. Vão pegar José Dirceu, [Fernando] Pimentel [coordenador de campanha da Dilma], depois vão pegar o fundo de pensão de Furnas”, disse pouco antes de ressaltar que não estava fazendo nenhum tipo de juízo sobre esses temas.

 

“É cruel. O brasileiro talvez não tenha ideia do que é enfrentar a máquina clandestina de difamação que o PSDB de São Paulo montou. Eu já passei por isso”, ressaltou Ciro.

 

Ciro criticou também a polarização das eleições entre “os amigos do Lula e os amigos de FHC”. Segundo ele, isso é prejudicial ao país porque acaba dando menos importância aos outros cargos que serão disputados.

 

A executiva nacional do PSDB declarou que “ao ser retirado de sua base eleitoral, o Ceará, Ciro Gomes foi jogado em um vácuo político. Não tendo o que fazer, depois que foi enganado e rejeitado pelo PT, o deputado, que já foi condenado quatro vezes pela Justiça por difamação, faz o que lhe resta: o uso da língua de aluguel”.

 

Fonte: Folha Online

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