Com desfile atrasado, Ilê Aiyê celebra 40 anos em Salvador

 

O Ilê Aiyê, o mais tradicional bloco afro da Bahia, celebrou seus 40 anos na avenida e foi o primeiro a desfilar no Afródromo, no circuito Osmar, que vai do Campo Grande à praça Castro Alves, na capital baiana.

O grupo, Ilê Aivê, iniciou seu desfile por volta das 21h, com quase três horas de atraso em relação ao horário oficial, que prometia dar o horário nobre do Carnaval aos blocos afro.

Em comunicado divulgado pela Prefeitura de Salvador, Maria de Lourdes Siqueira, uma das diretoras do Ilê, afirmou que o grupo celebra “40 anos de vitórias, de conquistas, de resultados de lutas e de nossa resistência” e que “a sociedade brasileira encara o ser negro como uma diferença classificatória, inferiorizante e, na realidade, diferenças são riquezas”.

O presidente da entidade, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, diz que a “luta é uma teimosia”.

— É uma teimosia em busca de transformações para a sociedade.

Neste ano, o Carnaval da Bahia homenageia os 40 anos dos blocos afro, surgidos com o Ilê. A criação do Afródromo criou polêmica na cidade.

Também desfilaram o Muzenza, com sua bateria com 120 homens e mulheres percussionistas, e o Malê Debalê, que levou 4.000 integrantes para a avenida. O Malê já foi chamado pelo The New York Times de “o maior balé afro do mundo”. Fecharam a noite no Afródromo os grupos Okámbi e Comboio Africano.

 

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Fonte: R7

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