Com Telas Pretas, Vivo promove a maior exposição digital de arte negra do país

Com curadoria de Igi Ayedun, obras inéditas estarão expostas durante todo o mês de novembro em mais de 600 telas digitais em lojas da marca em todo o país

No mês da Consciência Negra, a Vivo lança a maior exposição digital de arte negra do país, o projeto “Telas Pretas”. Com curadoria da artista multimídia Igi Ayedun, a iniciativa reúne artistas negros para uma exposição com obras inéditas. As mais de 240 lojas da marca em todo o Brasil serão transformadas em galerias, promovendo visibilidade e reflexão sobre a representatividade negra na arte brasileira. As obras que compõem o Telas Pretas foram produzidas exclusivamente para a exposição e conta com os nomes: Brasilandia.co, Rainha F, Gabriel Massan, Silvana Mendes, João Moxca e Manauara Clandestina. “O projeto contempla uma pluralidade de perspectivas sobre a cultura afro brasileira”, conta a curadora Igi Ayedun. “Passa por narrativas afrofuturista e por uma ideia interplanetária de negritude”, complementa.  Além das mais de 600 telas nas lojas da Vivo, as obras também ocuparão as redes sociais da marca e diversos espaços publicitários espalhados pelo país. Por fim, ainda estarão expostas na galeria de Arte HOA, fundada por Igi Ayedun e a primeira a ser dirigida por uma equipe 100% negra.

“A Vivo quer seguir buscando caminhos para promover uma sociedade mais inclusiva. A empresa já possui sólidos compromissos e ações focadas em equidade racial, e nos projetos de comunicação a nossa preocupação está centrada na pluralidade, trazendo profissionais negros para atuarem dentro e fora da Vivo”, afirma Marina Daineze, diretora de Marca e Comunicação da Vivo. “Nossa reflexão parte do apagamento sistemático que artistas negros sofreram ao longo da história, e em como a tecnologia pode contribuir em um processo de transformação e construção de um futuro mais plural”, complementa.

A ação é continuidade de outros projetos que a marca vem trabalhando ao longo do ano nos territórios de arte, teatro, cultura e educação, sempre em uma perspectiva construtiva e antirracista.

Para potencializar ainda mais a temática, foi criada uma música inédita “Nosso Reflexo”, interpretada pela dupla Tasha&Tracie e pela cantora, atriz e compositora Aline Wirley. O clipe, com lançamento previsto para 10 de novembro nas plataformas digitais da Vivo, tem direção da dupla CeGê, sigla que representa as artistas independentes Camila Tuon e Gabiru. Letra e produção destacam o resgate das referências que passaram por apagamentos históricos e mostram a tecnologia como um meio para promover a mudança e construir um novo legado para arte negra.  “É inovador, é forte, é intenso. A linguagem do trap que representa a periferia, mas é um ritmo mais nichado, dessa vez está no centro e vai chegar em ainda mais pessoas. A mistura dessas meninas novas, com um nome mais pop como o da Aline Wirley, traz uma potência e um alcance ainda maior pra nossa mensagem de empoderamento e de arte preta”, conta Rafael Pitanguy, VP de Criação da VMLY&R, agência responsável pela criação do projeto.

“Telas Pretas” é mais um projeto do Vivo ON, hub de conteúdo digital da Vivo, que cria e executa a estratégia de conteúdo digital da marca. O Vivo On, formado pelos times da Vivo, da agência VMLY&R e pela produtora Coração da Selva, tem como proposta dar espaço a ideias inovadoras e construir conteúdos envolventes, conectados com temas relevantes da cultura e sociedade.

Histórico de valorização de raça

A Vivo é uma marca inclusiva e, desde 2018, vem fazendo um sólido trabalho com o programa Vivo Diversidade – pautado nos pilares de Gênero, LGBTI+, Raça e Pessoas com Deficiência. Além de colocar em prática ações afirmativas, a empresa acredita que o tema diversidade precisa ser abordado com frequência e profundidade, em diferentes fóruns. Pensando nisso, criou a Jornada Vivo Diversidade, com 12 temas que são discutidos ao longo do ano com toda a empresa. O último trimestre de 2021 será dedicado a temáticas raciais. Em outubro, a companhia conversou com o seu público interno sobre desconstrução do racismo. Em novembro, além do projeto Telas Pretas, a empresa vai debater com seus colaboradores sobre Afroempreendedorismo. Já em dezembro, será a vez de falar sobre diversidade racial na cadeia de valor.

Este ano, a Jornada Vivo Diversidade debateu também sobre o colorismo, um termo utilizado para anulação e diferenciação de pessoas da mesma raça, classificando-as do tom mais claro ao tom mais escuro de pele, dos traços mais aos menos negroides. Além disso, lançou, em parceria com o Instituto Modo Parités, um programa de desenvolvimento de carreira para 100 colaboradores negros, trabalhando com a descoberta das potencialidades de cada indivíduo, abordando aspectos pessoais e profissionais, que podem apoiar nas oportunidades de desenvolvimento de suas carreiras.  

A Vivo também vem realizando um conjunto de ações com foco na temática racial dentro da empresa. A edição do programa de estágio, lançado este ano, prevê que 50% das 750 vagas abertas sejam destinadas a pessoas negras. Já no último programa de trainee, 43% das vagas foram preenchidas por pessoas negras, superando os 30% de expectativa da empresa. Hoje, a Vivo possui 29% de todo o seu quadro de colaboradores composto por profissionais negros.

Em projetos de comunicação, destacamos o “Fábulas da Conexão”, uma séria de quatro curtas metragens que abordavam histórias brasileiras pela ótica do afrofuturismo. E também o primeiro reality show no LinkedIn “Vivo nas Ideias”, com o objetivo de discutir tecnologia e protagonismo negro no mercado de trabalho. Apresentado por Xan Ravelli, o Reality contou com a presença de grandes nomes do mercado de comunicação como Rafael Pitanguy da VMLY&R, Luciano Patrick, da Coração da Selva, Samantha Almeida, diretora de criação da Globo e Marina Daineze, diretora de Marca e Comunicação da Vivo. Ao final do reality um dos participantes foi contratado pela Vivo para atuar no Vivo On. Na SP-Arte deste ano, a Vivo reuniu em seu espaço no evento todas as suas iniciativas artísticas relacionadas a temática negra, que vem pautando ações da empresa desde 2018. Ainda em 2021, a Vivo promoveu no Teatro Vivo em Casa uma temporada inteira de espetáculos todos interpretados por atores e atrizes negros.

Conheça mais dos artistas que compõe o Telas Pretas:

  • Silvana Mendes é nascida e criada na periferia de São Luiz-MA, graduada em artes visuais pela UFMA e tua como multiartista visual. Seu trabalho com colagens digitais, lambe lambe e fotografia busca a desconstrução de visualidades negativas e dos estereótipos em corpos negros, ressignificando símbolos e visualidades.
  • Rainha F é artista visual, costureira e stylist. Estuda Belas Artes na UFRJ. Nascida em Realengo, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, já teve obras expostas na SP-Arte 2018 e no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica.
  • Gabriel Massan, nascido em Nilópolis/RJ, é artista digital, escultor e artista 3D, constrói com suas peças narrativas com significado de representações de identidade, cor e tempo. Já esteve com obras expostas na SP-Arte e atualmente mora em Berlim, na Alemanha.
  • João Moxca é um artista visual baiano que vive entre Porto Seguro e São Paulo. Seu trabalho com ilustração busca explorar a diversidade dos corpos e sua capacidade de sobrevivência no ambiente.
  • Manauara Clandestina é diretora artística no Ateliê TRANSmoras e constrói pela arte diálogos que dão luz às subjetividades das corporeidades dissidentes brasileiras. Desde 2020 tem parceria com o Instituto Inclusartiz que lhe rendeu uma residência artística em Londres e que teve continuidade neste ano em Barcelona.
  • Brasilância.co, Kelton é artista multidisciplinar, não binarie, residente e fundador da plataforma e-coletiva BRASIL NDIA.CO. Seu trabalho foca em prover trabalho criativo, estrutura e renda para as comunidades.

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE.

+ sobre o tema

IZA lança batom com a M.A.C e o significado por trás da cor é lindo!

A cantora contou que a cor foi feita especialmente...

Ludmilla se torna 1ª mulher negra latina com 1 bilhão de streams no Spotify

Ludmilla quebrou um novo recorde ao se tornar a...

Falas Negras recebe milhares de elogios e Lázaro Ramos agradece

A Globo exibiu na noite de ontem (20), no...

para lembrar

Pallas lança “O filho querido de Olokun” no sábado, dia 9, na Blooks Livraria

"O filho querido de Olokun" (Pallas Editora) é o...

Unity Warriors apresenta temporada de estreia de “MANOfestAÇÃO” e celebra a cultura hip-hop

“MANOfestAÇÃO” exalta a importância da cultura hip-hop como espaço...

Meus Cabelos de Baobá estreia Teatro Wedo!

Inspirado no caráter cíclico das mitologias africanas e costurado...
spot_imgspot_img

Quem é o quilombola bailarino que inspirou filme com passos que vão do clássico ao contemporâneo

O preconceito é um dos principais males sociais com os quais os quilombolas de todo o Brasil têm convivido. Por isso, a trajetória de Kunta Leonardo,...

Tina Turner: 10 dos maiores sucessos da lenda da música

A cantora Tina Turner, que morreu nesta quarta-feira (24/05) aos 83 anos, criou muitos clássicos com sua combinação de R&B, funk, rock e pop,...

Quem é Mohamed Mbougar Sarr, premiado por livro que demole o sistema literário

"Nenhum escritor africano confessaria isso em público. Todos vão negar e ainda posar de rebeldes. Mas, no fundo, faz parte dos sonhos de muitos...
-+=